O delegado de Polícia Civil Getúlio Daniel, confirmou, esta manhã, que três suspeitos confessaram terem executado Valdenir de Souza Lucena, de 45 anos. Ele foi encontrado morto com vários sinais de agressões enterrado nos fundos de uma residência, no bairro Industrial, na última quarta-feira. Dois menores e um jovem de 18 anos, que na época do crime ainda era menor, foram detidos.
“Realizamos o interrogatório aos dois menores e um que já completou 18 anos. Foi possível confirmar que a execução foi realizada pelos três suspeitos. Na época os três eram menores e vão responder conforme o estatuto da criança e do adolescente”, explicou.
Getúlio revelou que os suspeitos informaram todos os detalhes do crime aos investigadores. “Eles confirmaram a execução do crime e inclusive a motivação. Ainda apresentaram qual a forma da execução e as lesões como foram praticadas. Também quem teve a intenção de realizar a ocultação de cadáver mediante o sepultamento do corpo”.
Eles teriam revelado que cometeram o crime alegando que a vítima estaria praticando atos de violência contra crianças. “Supostamente eles confirmam a informação de que a vítima realizaria atos de violência em desfavor de crianças. Eles apontaram vítima e que teriam prova da realização desses atos criminosos pela vítima e que a intenção deles eram realizar a justiça com as próprias mãos. Infelizmente realizaram um ato criminoso, apesar da motivação na visão deles ser socialmente aceita pelas práticas de crime praticadas pela vítima, mas o ato criminoso não deixa de existir”, revelou.
O delegado ainda destacou dificuldades para encontrar vagas de internação de menores, mas destacou que o caso está na justiça. “O Ministério Público e o Poder Judiciário já foram comunicados e estamos aguardando também a disponibilidade de vagas para esses menores. Sabemos que é muito difícil, temos esse problema de muitos menores praticando atos de violência. Infelizmente nosso sistema ainda não contempla toda a sistemática de punição e nem vagas para esses adolescentes. É uma problemática nacional que tem que ser resolvida o quanto antes”.
Foi levantado também que um dos suspeitos confessou que usou o celular da vítima para gravar o crime. “Foi realizada apreensão do celular da vítima e na coleta foi representado ao poder judiciário pela quebra de sigilo de dados e na análise de coleta havia um confronto entre as datas que houve o sumiço da vítima e a realização de vídeos posteriores e foi possível verificar que algo havia ocorrido e possivelmente o crime”, finalizou.
