O delegado de Polícia Civil, Bruno França, esclareceu, hoje, que criminosos forçaram, no final de semana, mediante a tortura, a mulher, de 31 anos, a forjar um vídeo de “esclarecimento” sobre o primeiro sequestro, na sexta-feira (2). “A gente foi surpreendido pela presença dessa moça aqui na delegacia durante o final de semana, em que ela alegava que havia sido capturada a mando das pessoas que haviam a sequestrado, submetida a uma sessão de tortura intensa, e forçada a gravar um vídeo se retratando no ingênuo intuito de livrar os sequestradores presos em flagrante.”
“Primeiramente, surpreende a polícia acharem que um vídeo desse iria ter algum efeito na investigação criminal, tendo em vista que as provas do sequestro já estavam produzidas e que a gente tinha total convicção de que o vídeo seria produto de tortura e constrangimento de caráter. A moça identificou os sequestradores que a forçaram para fazer a retratação, pelo menos alguns deles. Ela reforçou que havia sido sequestrada para ser executada, algo que a Polícia Civil já sabia.”
Ainda segundo o delegado, após entendimento de que a mulher não estava segura, a recolheram na delegacia. “Procuramos o Poder Público para que, em caráter de urgência, a remoção da esposa e da família dela de Sorriso, de forma imediata no domingo, e tivemos sucesso em retirar essa moça de Mato Grosso.”
Bruno ainda reforçou que a tentativa de criar um vídeo fraudulento como prova jamais seria aceito pelos investigadores. “A gente sabia que ela tinha sido sequestrada, agora está claro que o vídeo que ela grava foi com os criminosos na câmera, após espancar a moça ao vivo em transmissão. Vamos atrás das pessoas que fizeram isso. Nessa segunda vez, ela só não foi morta porque os criminosos precisavam dela viva para se retratar, uma retratação que se ocorresse seria nula.”
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