Os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça decidiram, por unanimidade, manter preso um dos acusados de matar, a tiros, em agosto deste ano, o segurança Clair Vieira Grando, 37 anos, supostamente para roubar um malote de dinheiro. O relator do pedido de habeas corpus, desembargador Pedro Sakamoto (foto), afirmou que o suspeito tem condenação por assalto em Sinop, além de responder outras ações penais por supostamente usar documento falsos e ser acusado de praticar um roubo enquanto adolescente.
Para o magistrado, caso em liberdade, o acusado poderia colocar em risco a ordem pública. “Com tais considerações, entendo que, neste momento, se solto, o paciente poderá encontrar estímulos para voltar ao mundo do crime, razão pela qual é desaconselhável que responda aos termos do processo em liberdade, fator que justifica a manutenção do édito prisional para prevenir a reprodução de novos fatos criminosos e acautelar o meio social”.
Conforme Só Notícias já informou, o crime ocorreu quando Clair saía de uma imobiliária com um malote e seguia em direção a um banco, nas proximidades. Os dois suspeitos já estariam aguardando a passagem da vítima pela praça da Juventude, no centro. Um armado teria o abordado, enquanto o outro seguia em direção a uma motocicleta. Mesmo sem esboçar reação, um dos acusados disparou pelo menos quatro vezes contra a vítima. Clair foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu pouco antes de dar entrada no Hospital Regional.
Os dois suspeitos foram presos pouco tempo depois em um hotel, também no centro. De acordo com o delegado Pablo Borges Rigo, que conduziu as investigações, os jovens foram identificados com auxílio das imagens das câmeras de segurança dos locais próximos de onde Clair foi executado. “São figuras conhecidas da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Sinop e já praticaram mais de dez assaltos. Aqui em Sorriso eles são suspeitos de assaltos, um deles na rodoviária. São os principais suspeitos da prática do latrocínio", disse, na oportunidade, o delegado Pablo Borges Rigo.
Outras quatro pessoas foram presas posteriormente acusadas de envolvimento no crime. O processo criminal tramita na 5ª Vara Criminal da Comarca de Sorriso.