Dezesseis dias após o assassinato da advogada Andrea Carvalho Furtado Pereira, de 29 anos, em Tabaporã (150km de Sinop), o principal acusado do crime, o policial Valtencir Costa, conhecido como Dudu, ainda não foi localizado. As investigações prosseguem, mas até o momento não há pistas de seu paradeiro.
Segundo o major Ademar do Nascimento, da PM de Juara, que comanda as operações, um processo administrativo foi aberto contra Valtencir, que será considerado desertor da corporação. A partir de agora, de acordo com o comandante, as buscas permanecerão de acordo com as denúncias recebidas.
“Quando houver informações, estaremos conferindo. Ele agora é caracterizado como desertor. Administrativamente será excluído da corporação e ficará como foragido da justiça”, disse, ao Só Notícias.
A prisão preventiva do soldado foi decretada pela Justiça da comarca de Tabaporã. De acordo com o Tribunal de Justiça (TJ), ele já responde por outros processos em Sinop, por porte ilegal de arma de fogo, e, em Juara, por crime de lesão corporal, ocorrido em 2003, além de outros.
A advogada foi morta com 3 tiros a queima roupa, no escritório dela. Há indícios que apontam que o soldado teria cometido o crime por vingança. Andrea tinha sido contratada pela esposa do PM para cuidar do processo de separação de corpos. A sentença obrigaria Valtencir a pagar pensão alimentícia no valor de um salário mínimo. A justiça concedeu liminar favorável à mulher. Outra informação é que ele teria uma audiência marcada com a advogada na tarde em que ela foi morta. Testemunhas viram o acusado entrando e saindo do escritório.
Algumas denúncias foram recebidas pela PM sobre a possível localização do policial, mas nenhuma confirmada durante as buscas.