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Sinop: policiais atiram em veículo de agricultor em perseguição

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O produtor rural Éligo Koop, de 58 anos, teve a caminhonete alvejada por dois disparos feitos por policiais militares que faziam buscas e tentavam localizar outra caminhonete – roubada na sexta-feira à noite. A PM prendeu um dos suspeitos que dava cobertura no assalto e fazia diligências na região do aeroporto. O agricultor estava retornando para casa, trafegando na estrada Nanci com destino a MT-220 (sentido Sinop a Juara). Ele relatou, ao Só Notícias, que percebeu a aproximação da polícia – pelo retrovisor – devido ao sinal luminoso emitido pelo giroflex e manobrou para que os policiais pudessem ultrapassá-lo. Disse não ter escutado o sinal sonoro pois estava com o ar-condicionado do veículo ligado.

Conforme Koop, a viatura ficou cerca de 300 metros ao lado, acompanhando a GMS prata, na mesma velocidade. “Eles vinham atrás. Em certo momento ouvi um barulho, pensei que fossem pedras na estrada. Aí fizeram sinal para eu parar. Me abordaram, mandaram eu me abaixar”, declarou, em entrevista ao Só Notícias.

No boletim de ocorrência, consta que policiais abordaram o agricultor com armas apontadas para ele. Em seguida, uma pessoa que estava algemada na viatura e teria participado do sequestro, de sexta, foi interrogada se conhecia o agricultor. A hipótese de que [Éligo] teria participação no crime foi descartada pelo próprio preso. “Os policias mandaram me levantar e disseram que a abordagem fazia parte do trabalho e que estavam perseguindo uns assaltantes”, disse.

Éligo conta que só percebeu as marcas de tiro na caminhonete quando a abordagem policial terminou. Um dos projéteis acertou ao lado do tanque e outro na tampa traseira. “Eles [policiais] disseram para eu procurar meus direitos. Aí fui registrar um boletim na delegacia. Os tiros foram no carro, mas se tivessem me acertado, como ficaria?”, indagou.

Outro lado
O comandante da Polícia Militar em Sinop, Aurélio Vilas Boas, declarou que os disparos contra a caminhonete do agricultor foram efetuados por um tenente PM. Disse ainda que o procedimento adotado – quanto a forma de abordagem – pode ser considerado correto. Não informou se os prejuízos serão ressarcidos ou se algum procedimento interno será aberto contra o militar que atirou.

 

 

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