
De acordo com as investigações, este detento seria primo do segurança Márcio Marciano Batista, 32 anos, que foi preso pela Polícia Rodoviária Federal horas após o crime, no mesmo dia, em Campo Grande (MS). O outro envolvido preso em flagrante é Rafael Bruno dos Santos Mussuco, 25 anos.
“Acreditamos que contato para encomendar a caminhonete foi feita por Acácio, por telefone, da cela 320, no raio 3. No entanto, não sabemos ao certo porque ele escolheu Sinop e seu primo para praticar o crime. ‘Estes negócios’ geralmente funcionam ‘em base de troca’, ou seja, para pagar algum tipo de dívida. Iremos apurar todas informações com os envolvidos”, disse uma fonte policial, ao Só Notícias.
O delegado Sérgio Ribeiro Araújo, responsável pelo caso, aguarda resposta de uma carta precatória encaminhada, na segunda-feira (5), para a Polícia Civil da cidade paulista pedindo o depoimento do suspeito detido. “Os suspeitos [Márcio e Rafael] me disseram, em depoimento, que a caminhonete foi encomendada, mas não apontaram qual valor seria pago. Neste caso, nem me disseram quanto receberiam pelo serviço do transporte, mas acredito que seja em torno de R$ 15 mil”, disse o delegado anteriormente ao Só Notícias.
A equipe policial que trabalha no caso deve analisar, em breve, as imagens do circuito de segurança de um estabelecimento no qual Márcio e Rafael estiveram antes de pegar o acadêmico. Novos depoimentos de funcionários desta empresa e que teriam visto pelo menos um dos suspeitos não estão descartados no andamento da investigação.
Conforme Só Notícias já informou, o delegado deve imputar aos dois presos os crimes de latrocínio e formação de quadrilha. Ele explicou que a justiça poderá autorizar a abertura de outro inquérito, a ser instaurado em Lucas do Verde, onde o corpo foi encontrado, um dia depois do roubo da caminhonete, em uma região de mata.
Ele acredita que o caso não irá a júri popular, a pena será aplicada pelo juiz criminal e a tendência é do processo tramitar mais rapidamente, bem como a sentença. Para o latrocínio [roubo seguido de morte] a pena prevista é de 20 a 30 anos de reclusão. "Vão ter mais agravantes com formação de quadrilha e a pena deve aumentar. Eles foram presos em flagrante e o fato dos dois serem réus primários é uma atenuante muito leve, pois o crime foi gravíssimo e acredito que eles devem pegar 25 anos de cadeia. Pode ser até mais dependendo da decisão do magistrado sobre os agravantes do crime", opinou Sérgio Ribeiro.
Os criminosos alegaram que o plano inicial não era matar o acadêmico de medicina e que a caminhonete roubada, que pertence ao pai de Eric, o advogado e jornalista Leonildo Severo, seria levada até Dourados (MS) para ser vendida no Paraguai.


