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Sinop: morte de homem supostamente espancado por PMs foi por trauma violento

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A morte de Juliano Ferreira da Cruz, 21 anos, foi causada por um trauma violento. A informação é do advogado da família, Márcio de Deus. “O que o IML (Instituto Médico Legal), vai fazer agora é identificar que tipo de trauma, se foi choque, batida, pancada”, explicou Márcio. Segundo ele, o laudo médico divulgado ontem à tarde, sobre o estado de saúde de Juliano aponta ferimentos diversos, esmagamento de órgãos e tentativa de estrangulamento. O advogado disse que esse laudo foi elaborado por um médico legista.

Ele acrescentou que a família do rapaz vem sofrendo ameaças. “Os envolvidos ligam, dizem que vão atear fogo na casa, matar a esposa e a filha. Vamos proteger essa família. Para que esse não seja só mais um caso de impunidade”, destacou. Para o advogado, existem muitos pontos contraditórios na prisão e também na explicação dada pelo comandante da Polícia Militar. “O major disse que ele tem várias passagens pela polícia, mas não detalhou nenhuma. E mesmo que tivesse, nada justifica o espancamento.Ele foi preso, acautelado e levado à delegacia já com trauma. De lá foi encaminhado ao hospital desacordado. Esse procedimento não pode ser feito,” salientou.

Márcio destacou que irá pedir à presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Soraide Castro, que seja formada uma comissão para acompanhar o caso, até o processo judicial. O advogado apontou ainda que os trabalhos já estão sendo realizados em conjunto com o delegado Joacir Batista dos Reis, pois o laudo que detalhou as condições de Juliano foi requerido pelo delgado.

Em coletiva, o delegado disse que já foi instaurado inquérito para apurar os fatos. “O laudo de corpo delito mostrou diversas lesões, é muito rico em detalhes, mas ainda não sabemos os motivos do óbito. O inquérito já foi instaurado e serão tomadas todas as providências, imputando a responsabilidade a quem tenha sido responsável, se for comprovada culpa”, falou. Questionado sobre ter ocorrido tortura, o delegado adiantou que se for comprovado que realmente aconteceu, “poderá ser feita denúncia de tortura seguida de homicídio. Mas quem poderá confirmar isso é só o Ministério Público”.

Segundo ele, todo o processo de investigação será transparente. Joacir destacou que até o momento ninguém foi ouvido porque o laudo foi recebido ontem. “Mas todas as testemunhas serão ouvidas, as da família que falam em espancamento, e as da PM que teria testemunhas da tentativa de fuga pelo lago”. O delegado lembrou ainda que uma investigação interna da PM está sendo realizada.

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