Os dois policiais suspeitos de abuso de autoridade, tortura e de suposto envolvimento no desaparecimento de Creonte Ribeiro da Silva, 25 anos, foram indiciados. A delegada regional de Sinop, Maria Antônia Soares, concluiu o inquérito com o pedido da prisão preventiva dos policiais, que deve ser apreciado ainda hoje. “O inquérito já foi encaminhado ao Ministério Público e agora cabe a ele oferecer a denúncia”, disse, ao Só Notícias. “Agora depende do entendimento deles [MP] se os policiais tem ou não envolvimento no desaparecimento e em quais crimes serão enquadrados”, completou.
Foram feitas várias buscas com a ajuda das delegacias de toda a região. No entanto, Creonte não foi encontrado. A identidade dos policias não foi revelada. Os dois, conforme Só Notícias já informou, foram presos no mês passado, e transferidos para Cuiabá.
O inquérito foi aberto a partir do relato de três homens, presos pelos policiais, no dia 17 de janeiro, suspeitos de envolvimento no furto de uma moto, que estaria sendo investigado. “Em razão disso, eles [policiais] tiveram a informação que essa moto estaria na cidade de Peixoto de Azevedo. Foram até lá e saíram da delegacia de Peixoto com quatro rapazes detidos. Dois adultos e dois adolescentes. Mas aqui em Sinop eles só chegaram com três pessoas detidas. Eles [três presos] alegam que os policiais teriam assassinado, em Itaúba, esse rapaz que não apareceu”, disse.
Na ocasião, foram feitas buscas na região de mata, onde o caso teria acontecido, em Itaúba, porém, nada foi encontrado. Maria disse que os policiais presos disseram, em depoimento, que liberaram o jovem desaparecido. “Pela declaração deles, alegam que lá na cidade de Peixoto, o Creonte, que está desaparecido, teria sido liberado e que eles seguiram de Peixoto para cá apenas com o três rapazes que chegaram até aqui”. Os policiais foram levados a Cuiabá.
Conforme a delegada, o caso é acompanhado pela corregedoria da polícia, promotoria e também a justiça.