A família de Natanael Lopes Fagundes vem a público solicitar à imprensa e à população de Sinop que não façam julgamento precipitado sobre as causas da morte do Natanael. A família pede que se aguarde o fim das investigações da polícia. E lembra que Natanael era um jovem trabalhador, de 21 anos de idade, que tinha duas paixões: o trabalho e a dança. Natanael ajudava a sustentar a casa da mãe, onde também moram três sobrinhos – de três, quatro e quatorze anos.
A carta é assinada pelo pai, José Fagundes, a mãe Iladi Cruz e os irmãos Nando e Naiane. Natanael foi assassinado, a tiros, no último dia 1º, em frente a um clube, no setor industrial. Ele foi a 27ª vítima de homicídio este ano, em Sinop.
“Desde os doze anos, Natanael já acompanhava o pai no serviço. Primeiro, como servente de pedreiro. Tinha o primeiro ano do ensino médio e se preparava para completar os estudos. Tinha planos de fazer um curso técnico na área da construção civil. É muito doloroso para a família, além da tristeza pela perda do filho, ver a memória e a conduta do Natanael sendo atacadas e colocadas em dúvida sem qualquer prova”, escrevem.
“Pede-se a cada pai, a cada mãe, a cada irmão, que se coloque no lugar da família do Natanael, que vive no Mato Grosso há mais de 30 anos – em Sinop são mais de 12 anos. É uma família como qualquer outra, de gente honesta, trabalhadora e que tem profundo respeito pelas pessoas e pela família do próximo. O fato de morar em bairros humildes não pode ser empecilhos para que que o Natanael e a família dele recebam, de todos – de todos – o devido respeito”, acrescentam os familiares.
“Por isso, a família reitera o pedido para que se aguarde o fim das investigações. E pede que os mais precipitados respeitem esse momento de dor e de tristeza dos familiares do Natanael”, diz o advogado Leonildo Severo da Silva, que acompanha o caso.