O pedido de prisão temporária do cabo PM César Fernandes Ventura e do soldado José Paulo Silva e Souza, investigados no caso da bárbara execução do operador de máquinas Juarez Rodrigues, 26 anos, pedido pelo delegado Joacir Batista dos Reis, tem como objetivo proporcionar “melhores condições para investigação” e “que não sejam criadas falsas provas para tentar desviar o focos das investigações”, disse.
Enquanto a justiça avalia o pedido, feito ontem à tarde, conforme Só Notícias informou em primeira mão, os militares continuam detidos administrativamente no comando da Polícia Militar. Um pedido de prisão, requerido pela PM, já foi negado pela justiça comum, que apontou insuficiência de provas.
Os dois militares foram interrogados ontem, pelo delegado Joacir dos Reis, no Comando Regional 3, por aproximadamente cinco horas. Os dois militares negaram qualquer envolvimento na morte de Juarez, cujo corpo foi encontrado, decapitado, no último sábado. Confirmaram que deteve a vítima por perturbação no baile mas que o liberaram após chegaram no núcleo policial e receberam a informação de um arrombamento em uma fazenda. Eles afirmaram ainda que houve testemunhas da liberação e, que também, pessoas viram Juarez após a liberação. Agora, deverão ser intimadas as testemunhas descritas nos interrogatórios e, também, outras testemunhas para confrontar as informações.
Conforme Só Notícias informou, o corpo foi encontrado no sábado à tarde, por familiares, próximo a ponte do rio – cerca de 200 metros da BR-163. Na sexta-feira, foi encontrada a primeira pista: sinais de sangue nas proximidades do local onde o corpo estava enterrado. Irmãos seguiram os sinais e chegaram a um determinado ponto onde havia cal e a terra estava fofa. Cavaram e encontram o corpo, reconhecido por alguns sinais. Equipes dos bombeiros e policiais estiveram no rio Nandico tentando localizar a cabeça da vítima. Era solteiro e trabalhava como operador de máquinas em Santa Carmem (35 km de Sinop), onde foi preso.
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