O comandante do 11° Batalhão em Sinop e tenente-coronel da Polícia Militar, Pedro Miguel de Sousa, detalhou ao Só Notícias, que, em média, estão sendo presos nas operações da lei seca, de oito a 10 condutores por dirigirem embriagados. “Verificamos que foi um impacto muito positivo, tivemos diminuição nos acidentes de trânsito. Em setembro foram 91 acidentes, em outubro caímos para 86, novembro 79. Sentimos também, dentro desse número, uma diminuição dos acidentes graves, com vítimas, que na maioria das vezes haviam pessoas embriagadas”,analisou. A sexta edição foi realizada na última sexta-feira, e resultou na prisão de oito motoristas.
As blitze são realizadas à noite porque, conforme avaliação do tenente-coronel, é neste período em que é registrada a maioria dos acidentes, principalmente com vítimas graves. “A lei seca tem um foco específico que é a redução de acidentes de trânsito, busca pessoas que estão ingerindo bebidas alcoólicas e que tenha grande probabilidade de se envolver em acidentes”, ressaltou.
Dos motoristas notificados por embriaguez ao volante, foram 46 homens e 6 mulheres. “As maiores infrações são de veículos com licenciamento atrasado, 65, seguida por dirigir sem possuir CNH, 53”, afirmou.
A Polícia Militar também abordou menores de idade conduzindo veículos. Nestes casos, o comandante explica que “foram adotadas as notificações de trânsito e tomadas as providências referentes aos menores, que também se enquadram nessa situação de não possuir CNH, não todos, mas uma quantidade considerável”, disse.
Desde o início da operação, em setembro, a blitz já ocorreu nas avenidas André Maggi, nas proximidades do cemitério, no cruzamento entre a Figueiras e Magda Pissinati, no bairro Aquarela das Artes, e em outros pontos como o entroncamento entre avenida dos Flamboyants com Sibipirunas (próximo do estádio) e na Bruno Martini, no Jardim Florença.
Segundo Pedro Miguel, a escolha desses pontos é estratégica. “Não adianta jogarmos a lei seca num bairro sem estabelecimento comercial [bares, restaurantes e boates], não tem movimentação de veículos, vamos estar desperdiçando recurso público o empregando de forma errada”, destacou.
O comandante afirma que operação vai continuar. “O nosso objetivo está sendo atendido nos locais em que estamos fazendo a blitz”. “É um trabalho preventivo. Seria um sonho nosso realizar a blitz e não fazer a prisão de ninguém, porque estaríamos alcançando um resultado satisfatório com nosso trabalho”, concluiu.
A operação acontece em conjunto com a Força Tática, Polícia Civil e Detran.