Nenhum depoimento do inquérito da morte do jornalista Auro Ida foi oficializado devido a greve dos investigadores e escrivães de Mato Grosso. O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Antônio Garcia, explica que será preciso convencer os escrivães primeiro.
Mesmo com a falta de servidores, ele afirma que o trabalho para elucidação do caso contínua. As pessoas estão sendo ouvidas de forma extra-oficial e a Polícia investiga as denúncias que chegam até o órgão.Na tarde de ontem, houve um reunião entre os diretores da Polícia Civil para traçar estratégias para que os inquéritos de homicídio sigam o curso normal, sem serem prejudicados com a greve.
O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso não descarta a possibilidade de pedir auxílio da Polícia Federal (PF) nas investigações. Auro Ida foi morto às 23h desta quinta-feira (21) no bairro Jardim Fortaleza, na região do Coxipó, em Cuiabá. Ele foi atingido por 6 disparos, sendo que 4 atingiram o tórax e os demais foram na boca e na nuca. A Polícia trabalha com a hipótese de crime passional (movido pela paixão) já que nenhum dos objetos pessoais da vítima foi retirado do carro.
Conforme informações da DHPP, a execução aconteceu na frente da casa da namorada dele, Bianca Correa Souza, 19. O jornalista tinha ido ao shopping com ela e o cunhado.Quando ele foi levá-la em casa, o rapaz desceu do carro e entrou no imóvel, deixando o casal conversando no veículo. Na ocasião, um homem, em uma bicicleta aproximou-se. Ele estava armado e mandou a mulher entrar em casa. Em seguida, disparou contra a vítima.Bianca afirma que não viu características físicas do suspeito e garante que a voz dele não é familiar.