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Seguranças são presos acusados de homicídio e por tentarem matar outros nove em fazenda em MT

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Só Notícias/Cleber Romero (atualizada às 14h05)

A Polícia Civil de Colniza (1.016 quilômetros de Cuiabá) confirmou, há pouco, ao Só Notícias, a prisão em flagrante de 4 homens que faziam a segurança da Fazenda Bauru (Magali), propriedade rural em nome do ex-deputado José Riva, em que Elizeu Queres de Jesus, 38 anos, morreu e outras nove pessoas foram baleadas, ontem. Foram apreendidas uma espingarda calibre 12, duas pistolas 380, e um revólver calibre 38.

Em depoimento, alguns dos feridos declaram que nenhum dos posseiros portava arma de fogo. Além disso, de acordo com o delegado à frente da investigação, Alexandre da Silva Nazareth “os elementos de informação produzidos pela perícia, até o momento, nos levam a acreditar que não houve confronto armado, pois só foram encontradas cápsulas de armas de mesmo calibre dos seguranças da propriedade”, disse Nazareth, através da assessoria.

De acordo com informações de uma policial militar, as vítimas baleadas foram encaminhadas ao hospital municipal.  “Quatro das nove pessoas baleadas já foram avaliadas pelos médicos e liberadas. Três pessoas permanecem internadas no hospital municipal e outras duas foram levadas em estado grave em uma UTI aérea para cidade de Juína”, disse a policial, anteriormente, ao Só Notícias.

Equipes da Polícia Militar e Civil foram acionadas, ontem pela manhã, para registrar e analisar as circunstâncias e motivação da troca de tiros na fazenda. De acordo com informações da assessoria da Polícia Civil, o confronto teria ocorrido entre os seguranças e supostos membros do movimento sem-terra que tentavam “invadir” o local.

A delegacia de Polícia de Colniza chegou a solicitar reforço da Gerência de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, Ciopaer, da Secretaria de Segurança Pública, e peritos da Politec de Cuiabá para realizar os trabalhos de local de crime e necropsia.

O Grupo de Atuação em Perícias Especiais (GAPE) também foi acionado para a realização de perícia oficial e identificação técnica na propriedade rural. Esta é a primeira ocorrência que conta com o auxílio do GAPE, instituído em 2017, com a missão de aperfeiçoar e garantir um atendimento técnico-pericial especializado nos eventos e situações emergenciais e de alta complexidade.

Uma equipe completa da Politec, formada por quatro profissionais sendo, perito criminal, papiloscopista, médico legista e técnico em necropsia, também foram para a propriedade com o auxílio de uma aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

Os profissionais realizaram o levantamento de local de crime, a identificação das vítimas e a necropsia nas vítimas.

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