O crime de homicídio é um dos principais desafios da Segurança Pública em Mato Grosso. Apesar das ações enérgicas desenvolvidas no primeiro semestre deste ano, que reduziram em 10% a estatística de homicídio no Estado, se comparado ao mesmo período do ano passado, o número ainda está longe do ideal.
Por isso, a Secretaria de Estado Segurança Pública (Sesp) reuniu, ontem, os principais atores envolvidos na temática. O objetivo foi articular ações operacionais nas regiões com maior incidência de homicídios, elaborar procedimentos operacionais integrados que contenham desdobramento ou atribuições no cenário do homicídio e, assim, definir o novo planejamento de enfrentamento a esse tipo de crime.
Durante a reunião, foi apresentado um diagnóstico do crime de homicídio, elaborado Secretaria Adjunta de Inteligência da Sesp sobre as mortes violentas ocorridas em Cuiabá e Várzea Grande. No primeiro semestre, em Cuiabá, os números permaneceram estáveis e controlados. Já em Várzea Grande houve redução de 38,5% dos homicídios.
“Em todo Estado tivemos resultados positivos pontuais na redução de homicídio. Controlamos em Cuiabá e reduzimos de forma expressiva em Várzea Grande. Isso demonstra que estamos no caminho certo, porém, ainda longe do ideal. Por isso a importância do Grupo de Trabalho Homicídio, para direcionar as ações trabalhando com metas no enfrentamento a esse crime”, enfatizou o secretário Executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo Silvestre.
Para o gestor, o controle em Cuiabá e a redução expressiva em Várzea Grande é fruto de um intenso trabalho realizado ao longo dos seis meses deste ano, além de ações específicas realizadas nos 100 primeiros dias de gestão. Exemplo disso é operação Sicários, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil durante três meses para conclusão de inquéritos de homicídio no estado. A meta inicial era enviar para a Justiça 200 inquéritos de crimes contra a vida – homicídio e latrocínio. A operação encerrou com 330 inquéritos de homicídio e 14 de latrocínio, superando a meta.
De acordo com a delegada titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Anaíde Barros, o principal desafio da delegacia especializada é identificar o autor do homicídio, concluir o inquérito e conseguir manter essa pessoa presa. “Geralmente a reincidência é sempre no mesmo crime”.
O Grupo de Trabalho Homicídio é uma das câmaras temáticas do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) e tem como objetivo criar sinergia entre as ações e realizar o monitoramento junto às instituições que atuam contra o crime de homicídio.