O delegado da Polícia Federal em mato Grosso Tardelli Boaventura deve concluir hoje 75 inquéritos sobre a Operação Sanguessuga, com o envolvimento de deputados federais e seus assessores na máfia das ambulâncias. Ao todo são 140 inquéritos instaurados da máfia que foi descoberta e presa envolvida em fraudes de licitação para prefeituras comprarem ambulâncias de uma empresa, sediada em Cuiabá, que é acusada de pagar propina para assessores de deputados e, a Polícia Federal, investiga se os deputados também recebiam.
O superintendente da Polícia Federal, Aldair Rocha, disse, ontem à noite, que os processos contra deputados federais estão sendo encaminhados para a Procuradoria Geral da República. O delegado não mencionou nomes dos deputados mato-grossenses que estarão sendo investigados. Ao que tudo indica e, pela lista do Ministério Público, os deputados Pedro Henry (PP), Lino Rossi (PP), Ricarte de Freitas Junior (PTB) e Thelma de Oliveira (PSDB) devem ser investigados. Os quatro negam qualquer envolvimento.
46 pessoas foram presas pela Polícia Federal na Operação Sanguessuga, feita em Mato Grosso, Brasília e Paraná. Os ex-deputados Carlos Rodrigues (RJ) e Ronivon Santiago (AC) também foram recambiados e estão presos em Cuiabá, juntamente com assessores parlamentares e empresários ligados a empresa envolvida no esquema que teria desviado cerca de R$ 110 milhões.
O empresário Darci José Vedoin, que está preso em Cuiabá, responderá por 75 processos em crimes de fraude em licitação, formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro em esquema de compra de ambulâncias superfaturadas em pelo menos mil municípios de 7 Estados.
A PF ainda procura 7 acusados.