O presidente da subsede do Sindicato dos Investigadores e Agentes Prisionais da Polícia Civil do Rondonópolis (Siagespoc), Márcio Henrique Alves disse ontem à reportagem que a categoria, reunida em Cuiabá, decidiu pela continuidade da greve deflagrada na quinta-feira (30), apesar da decretação da ilegalidade do movimento pelo juiz da 5ª Vara Especializada da Fazenda Pública da capital, Paulo Márcio Soares de Carvalho.
A decisão do sindicato, segundo o sindicalista, foi tomada após consulta ao departamento jurídico da associação, que justifica estar cumprindo as determinações da legislação vigente, mantendo os 30% do efetivo em serviço.
Por outro lado, se contrapõe à justificativa de não negociação por parte do Governo do Estado, que se apóia num acordo de política salarial única, assinado durante um fórum sindical em maio passado, onde o Siagespoc referendou o Termo de Acordo Coletivo de Recomposição de Subsídio.
A direção estadual do Siagespoc está em consulta à sua assessoria jurídica e deverá contestar esse acordo, que teria sido assinado representando apenas os interesses dos agentes prisionais, que é uma das duas categorias representadas pelo sindicato – ou seja, investigadores e agentes prisionais.
Ocorre que a Justiça estipulou multa de R$ 50 mil por dia caso haja descumprimento da decisão judicial.
Apesar disso, os sindicalistas prometem continuar o movimento hoje a categoria promete se reunir na frente da Delegacia Regional de Rondonópolis para manifestar, de forma ordeira e pacífica, o seu descontentamento com a política salarial destinada aos agentes pelo Governo Estadual.
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