A Polícia Judiciária Civil concluiu as investigações do triplo homicídio de três pessoas de uma mesma família, ocorrido no dia 20 de setembro, em Rondonópolis. O inquérito relatado, de mais de 200 páginas, foi encaminhado esta tarde para Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar, do município. Duas pessoas foram indiciadas. O autor dos disparos Paulo Henrique Cabral Cardoso, 36 anos, por homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio e uma segunda pessoa, que teve o nome preservado, vai responder por favorecimento pessoal. Conforme o delegado Henrique de Freitas Meneguelo, que responde temporariamente pela Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, o indiciado tem parentesco com a primeira esposa de Paulo Henrique e o teria ajudado na fuga e a esconder.
Paulo Henrique é acusado do assassinato da ex-companheira Criza Renata Carvalho Brasil, 23, do padrasto dela, Lucas Valeriano da Silva, 48, e da mãe dela, Mariluce Aparecida Carvalho, 44. O crime ocorreu dentro de um restaurante, por volta das 13h, de domingo, 20 de setembro passado. Um dos disparo atingiu Cryslaine de Lima Maggi Scheffer, 20, que almoçava no local com o namorado no dia da tragédia.
A arma do crime, um revólver calibre 38, foi encontrada por uma camareira, escondida no quarto do motel, entre o vão de dois armários. A arma foi encaminhada à perícia criminal para confronto com os projéteis.
O acusado foi preso por mandado de prisão preventiva, no dia 10 deste mês, após ficar 20 dias foragido. Neste tempo, ele ficou escondido no distrito de Nova Galiléia, em seguida na região do município de Pedra Preta e, por último, em uma fazenda de Chapada dos Guimarães. Depois retornou para Rondonópolis com o pretexto de se entregar. Ficou dois dias hospedado num motel, até ser preso por policiais civis da Divisão de Delitos Gerais (DGL) e da Divisão de Crimes Contra a Pessoa (DCCP), do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) com apoio do núcleo de inteligência de Rondonópolis.
Os crimes de homicídio triplamente qualificado, prevê penas de 12 a 30 anos de reclusão e favorecimento pessoal, penas de 1 a 6 meses.