A Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA), recuperou uma carreta, Volvo, bi-trem carregada com quase 50 toneladas de grãos de soja. O condutor foi autuado em flagrante, quando iria entregar a carga no município de Várzea Grande, próximo ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
A carreta com a carga saiu do município de Lucas do Rio Verde, no sábado, com destino a Alto Araguaia, e foi interceptada na BR 364, próximo ao Posto São Mateus, saída para Rondonópolis, por quatro bandidos.
O motorista Gomercindo Miguel Caye, 52, foi rendido por três homens encapuzados e fortemente armados com revólveres. Eles vendaram seus olhos com fita crepe e o levaram para um carro pequeno que estava logo atrás da carreta. No veículo havia mais um homem. De lá, entraram em uma estrada vicinal na Rodovia dos Emigrantes, onde permaneceu no cativeiro por cerca de 25 horas.
Libertado pelos bandidos às 11h30 de ontem, Gomercindo conseguiu chegar até um posto de combustível na Rodovia dos Emigrantes e entrou em contato com o patrão em Lucas do Rio Verde, que já estava com a polícia. Na delegacia, o motorista contou ainda que foi agredido com tapas, empurrões e teve que andar descalço pelo mato.
Para a polícia, a quadrilha é composta por pelo menos sete pessoas, provavelmente da região de Várzea Grande. Segundo o delegado, Roberto Amorim, pelo tempo que deixaram o motorista no cativeiro, o destino da carreta seria a Bolívia e a carga entregue a um receptador de Várzea Grande. “Graças à rápida atuação da polícia que contou com a ajuda do Grupamento Aéreo da Polícia Militar do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, o produto foi recuperado e por pouco a polícia não estoura o cativeiro”, destacou o delegado.
“O grande fomentador desse tipo de crime é o receptador”, afirma o delegado. A afirmação do delegado é baseada no alto valor comercial do grão de soja.
O bandido não revelou quanto receberia pelo serviço. Ele tem várias passagens pela polícia, sendo duas na própria Delegacia de Roubo e Furtos de Veículos, por crime de furto qualificado, além de responder por roubo e formação de quadrilha.
A carreta avaliada em R$ 300 mil não tinha seguro e nem rastreador.