Polícia Civil identificou outros crimes cometidos pelo grupo criminoso que arrombou e furtou R$ 300 mil do terminal de autoatendimento do Banco Bradesco, instalado na prefeitura de Sorriso, no dia 22 de agosto do ano passado. As investigações apontaram o envolvimento do grupo em sete ocorrências de furto a caixas eletrônicos entre o ano passado e este ano, além da prática de lavagem de dinheiro.
No ano passado, os locais foram: julho em Santa Luzia (MG), agosto em Sorriso, novembro em Embu das Artes (SP). Já neste ano de 2025, foram três em janeiro, em Boituva (SP), Caconde (SP) e Araraquara (SP) e março Avaré (SP).
Conforme apurou a Polícia Civil, após cometerem o furto em Sorriso, os criminosos pernoitaram em Sinop, onde, no dia seguinte, fizeram diversos depósitos bancários, em diferentes agências do município, beneficiando pessoas “laranjas”. O objetivo era retornar para o Estado de São Paulo sem o dinheiro roubado.
Ao todo, foram realizados 39 depósitos em envelopes nos terminais de autoatendimento das agências em Sinop, para diferentes destinatários, sendo todos da cidade de Mauá (SP), onde o grupo criminoso locou o veículo Fiat Argo, utilizado para cometer o crime.
Após os depósitos para ocultar a quantia subtraída, o grupo criminoso retornou para São Paulo no final do dia. A polícia também conseguiu identificar funções desempenhadas por cada um integrante. O primeiro núcleo, comandado pelo líder e financeiro, foi responsável pelas ordens e pagamento das despesas da viagem, tais como hospedagem, abastecimento, alimentação, aquisição de ferramentas, dentre outras, além da disponibilização do veículo empregado na ação.
Já o núcleo de logística foi responsável por proporcionar o deslocamento dos integrantes de Mauá até os municípios de Sorriso e Sinop. Além da locação do veículo Fiat Argo, e também pela instalação da TAG veicular de passagem pelos pedágios de forma contínua e ininterrupta, de maneira a tornar a viagem mais rápida e tentar fazer o deslocamento passar despercebido, sem parar nas cancelas das praças dos pedágios.
Apesar de esse segundo núcleo de pessoas não ter deslocado até Mato Grosso, os integrantes do núcleo foram fundamentais para a consumação da empreitada criminosa, informou a polícia. Foi identificado que a mulher que fez a locação do carro em São Paulo é mãe do líder do grupo criminoso, e foi quem repassou o carro para o filho executar o crime.
Outro alvo da operação foi um homem responsável pela aquisição da TAG veicular. Ele extensa ficha criminal em São Paulo, com condenações por roubo nas Justiças Estadual e Federal. O núcleo de execução foi responsável por agir diretamente no furto. São os quatro indivíduos que deslocaram de Mauá até Sorriso, onde cada um desempenhou uma função específica e com tarefas bem definidas na empreitada.
Por fim, o núcleo da lavagem de dinheiro foi responsável por receber os valores ilícitos nas respectivas contas bancárias e ocultar o dinheiro furtado.
Os mandados de prisão, busca e apreensão, e sequestro de bens e valores foram cumpridos esta semana, na Operação Chave Mestra.
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