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Quadrilha de golpistas em MT é alvo de operação; 76 mandados e bloqueios de contas

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Redação Só Notícias (foto: assessoria - atualizada 16:14h)

A Operação Smurfs, foi deflagrada hoje pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis, para cumprimento de ordens judiciais a uma organização criminosa formada por estelionatários que aplicaram golpes da falsa venda de veículos e lavaram o dinheiro obtido com as transações ilícitas. São cumpridos 16 mandados de buscas e apreensões, 20 afastamentos de sigilo bancário e outras 20 medidas cautelares. A decisão judicial determinou ainda 20 bloqueios de contas dos investigados no valor de até 163,4 mil, mas que podem chegar a 3,2 milhões de reais.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Rondonópolis, Alto Taquari, Poxoréu e Várzea Grande. Entre as medidas cautelares contra os 20 investigados estão: proibição de entrar ou manter contato com as vítimas; proibição de se ausentar da comarca de Rondonópolis ou daquela em que residem; não manter contato com os demais investigados; manter endereço e telefone atualizados e comparecer às intimações da autoridade policial e aos atos judiciais. 

A investigação da Derf de Rondonópolis identificou, ao menos, 10 vítimas do grupo criminoso que aplicou o popularmente conhecido como ‘golpe do intermediário, falsa venda de carro ou golpe do OLX’. As vítimas, tanto comprador e como vendedor do produto, são ludibriadas por um terceiro que as induz a erro, quando são levadas a pagar por um bem, na maioria das vezes um veículo, que jamais foi entregue a quem o adquiriu. 

A investigação identificou que os criminosos se dividiram em três grupos. O núcleo principal era responsável por aplicar a engenharia social, identificando as vítimas e divulgando os falsos anúncios nas plataformas de e-commerce de compra e venda de veículos.  

O núcleo intermediário agia na localização de contas bancárias para o recebimento dos valores aplicados com os golpes. Já o terceiro núcleo era formado pelas pessoas que forneceram as contas bancárias para receber o dinheiro criminoso e pulverizar os valores. 

O nome da operação faz alusão ao termo ‘smurfing’, técnica conhecida para a lavagem de dinheiro, quando grandes quantias são pulverizadas em quantidades menores e menos suspeitas. A partir da pulverização do dinheiro, os valores são depositados em uma ou mais contas bancárias, por várias pessoas (smurfs), ou até mesmo por uma única pessoa durante um longo período, como forma de ocultar a origem ilícita e tentar despistar a investigação.

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