As quatro pessoas presas ontem à tarde pela Polícia Judiciária Civil são investigadas em arrombamentos de caixas eletrônicos da capital e em um roubo seguido de morte (latrocínio) ocorrido em 4 de setembro deste ano no Centro Universitário Cândido Rondon (Unirondon). As prisões ocorreram no bairro Osmar Cabral após dois meses de investigações da Polícia Civil.
Na ação policial, comandada pelo Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) Oeste e com a participação de investigadores e delegados dos Cisc Coxipó e Planalto, foram recuperados 351 aparelhos celulares, de um lote de 400, roubados na madrugada do último sábado (8) do depósito de uma loja no Coxipó.
A polícia chegou aos presos Júlio César Damasceno Giovani, Luis Fernando Proença, 24, Magnum Francisco de Almeida, 26, e Aparecido da Guia Almeida, 28, nas investigações do assassinato do vigilante Fernando Jesus de Magalhães, 30, morto com um tiro na cabeça durante o assalto ao caixa eletrônico do Banco do Brasil, instalado na Faculdade Unirondon. Júlio César e Magnum Francisco são os mentores do grupo.
Segundo a delegada Ana Cristina Feldner, que preside as investigações, a quadrilha, que é composta por pelo menos 6 pessoas, é muito atuante e vinha realizando uma grande quantidade de crimes em Cuiabá, no interior e até fora do Estado. “Estamos perplexos, principalmente nestes últimos 15 dias, como eles se movimentam, como eles se reúnem e pela predisposição para cometer crimes”, ressalta a delegada.
“Eles realizaram viagem para o interior onde teria cometido crimes e nesta semana eles estariam se reunindo para praticar crimes em outro estado”, complementa.
O inquérito policial da morte do vigilante ainda não foi concluído, mas a delegada Ana Cristina Feldner, acredita que agora as investigações caminham para um fechamento por haver fortes indícios do envolvimento da quadrilha no arrombamento do caixa e de outros três crimes semelhantes registrados no período. “É a mesma quadrilha. O inquérito ainda não está fechado, mas a linha de investigação é essa”, disse a delegada.
O último arrombamento aconteceu na madrugada de ontem ao caixa eletrônico do Banco Bradesco, na Avenida Fernando Corrêa da Costa. A especialidade do grupo são furtos com arrombamento de caixas eletrônicos e cofres de empresas, mas há também indícios de envolvimento com o tráfico de drogas.
O grupo colhia informações do local, geralmente de alguém ligado ao local do crime e aí os integrantes se dividiam entre os que rendiam os vigilantes e os fazia o arrombamento. Quanto às vítimas a escolha não se dava aleatoriamente, eram escolhidas ou aliciadas.
Os presos vão responder por formação de quadrilha, receptação e furto. Se durante as investigações ficar comprovado autoria do assassinato do vigilante da Unirondon, serão indiciados por roubo seguido de morte (latrocínio) e outros.
Três dos presos tem antecedentes criminais. Luis Fernando já foi sentenciado por crime de roubo, Júlio César tem passagem por roubo e Aparecido da Guia reponde por posse ilegal de munições e tráfico de drogas.