O menor Willian César Arruda Batista, 10, e a professora Purcina Adriano Ferreira,33, continuam internados no Hospital Regional de Rondonópolis. Os dois são as últimas vítimas ainda hospitalizadas da tragédia ocorrida no último sábado, durante uma desastrada simulação da PM no bairro Jardim das Flores. Willian tem um edema na cabeça e a professora Purcina Ferreira foi atingida por fragmentos de bala no olho e no crânio.
Conforme a assistente social Ana Santana, o quadro mais delicado é o da professora Purcina. Ela não corre risco de morte e, graças à boa recuperação, já foi transferida da ala de emergência para a ala médica – onde está sendo acompanhada por oftalmologistas, neurologistas e cirurgiões.
“A equipe avaliou que, por enquanto, é melhor não fazer a cirurgia para a retirada dos fragmentos que estão alojados no crânio e próximo ao globo ocular. Ela é mantida sob observação constante e apresenta sinais de rápida recuperação”, informou Ana Santana.
Por enquanto não há diagnóstico definitivo sobre a extensão dos danos causados pelos ferimentos, mas há o risco de que a professora perca a visão parcial ou totalmente. Já o garoto Willian César, ferido na cabeça, passa bem e poderá ter alta nos próximos dias.
Apoio
Além do apoio de amigos e familiares, o garoto William e a professora Purcina têm recebido visitas constantes de autoridades e pessoas da comunidade solidárias ao sofrimento deles. Algumas até se propuseram a pagar o tratamento, que, por se tratar de um hospital público, é inteiramente custeado pelo SUS.
Segundo a assistente social Ana Santana, todos os dias um representante da Prefeitura de Rondonópolis vai até o hospital para visitar os pacientes e se informar sobre o estado de saúde deles.
“Hoje mesmo o secretário municipal de Saúde, Fábio Cardozo, esteve aqui. A Prefeitura, aliás, já se prontificou a oferecer todo o apoio necessário para o tratamento dos pacientes. Até o pessoal do Exército está acompanhando o caso”, disse a assistente social destacando a onda de solidariedade que invadiu os rondonopolitanos.