O assassinato de três funcionários da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) pode ter sido motivado por desvio de verbas da União na instituição de ensino, segundo as investigações das policias Federal e Civil de Mato Grosso. No dia 28 de novembro, a pró-reitora, Sorahia Miranda Lima, de 41 anos; o prefeito do campus e um professor foram assassinados em Rondonópolis, no sul do Estado. Mais de 20 pessoas já foram ouvidas nos dois inquéritos abertos.
Sorahia, alvo da chacina, teria confirmado com provas documentárias – recibos de notas e pagamentos -, que houve superfaturamento em contratos de prestação de serviços, como limpeza, para empresas abertas por servidores da UFMT, além de fraudes em licitações. Em dossiê, em poder da Polícia Federal, ela teria constatado inúmeras irregularidades que apontam desvio de recursos. Ainda não se base o valor, informa uma fonte da PF.
O prefeito do Campus, Luís Mauro Pires Russo, de 44 anos, e o professor do curso de zootecnia, Alessandro Luís Fraga, de 33 anos, teriam sido mortos por estarem acompanhando Sorahia.
Nesta segunda-feira, 3, após um ato religioso em que os alunos rezaram pelas vítimas da chacina, as aulas voltaram ao normal. O Programa de Pós-Graduação em Educação, do qual a Profª Sorahia Lima fazia parte, também programou um culto ecumênico em memória da colega assassinada e das duas outras vítimas. O ato acontecerá nesta terça-feira, dia 4, às 17 h, na sala 67 do Instituto de Educação.