Prisões realizadas pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) aumentam 267% no primeiro semestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2018. A média é de pelo menos uma prisão por dia com ligação ao comércio, distribuição ou fornecimento de drogas na região metropolitana. Em 2019, foram 191 registros, enquanto que no ano passado foram 52, em Cuiabá e região. O número de mandados de busca e apreensão cumpridos também aumentou. Saltou de 88, no ano anterior, para 212 nesses 6 primeiros meses, ou seja, 140%.
Para o titular da unidade, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, os números são muito positivos. “Isso mostra o quanto temos nos esforçado para coibir o tráfico doméstico, para tranquilidade dos cidadãos com a redução de delitos conexos ao tráfico, como roubos e homicídios”, pontua. A autoridade policial frisa ainda que muitas ações foram realizadas em conjunto com outros agentes de segurança, como demais delegacias e forças policiais, além da Prefeitura de Cuiabá.
Teixeira destaca também as taxas de inquéritos instaurados, que totalizam 444. Já os concluídos chegaram a 459. Os registros chamam a atenção, uma vez que a especializada conta com apenas dois delegados.
Outros registros que também tiveram salto foram os de veículos roubados ou furtados e que foram recuperados, e de armas de fogo apreendidas. As ações da DRE recuperaram 55 veículos, o que aponta um aumento de 587%, uma vez que, no ano passado, foram apenas 8. A apreensão de armas saltou de 8 para 34, um aumento de 325%.
Com relação às drogas, este ano já foram apreendidos 800 quilos de drogas, sendo 700 kg de maconha e o restante de cocaína, além de 270 comprimidos de ecstasy, centenas de frascos de anabolizantes. O número é 46% menor do que no ano passado, quando totalizou 1,5 tonelada.
Teixeira reforça que a DRE combate todas as modalidades de tráfico de drogas, desde os grandes fornecedores até as “pequenas bocas de fumo”, também conhecido como o tráfico formiguinha.
Sobre a origem dos entorpecentes, o delegado ressalta que normalmente a maconha vem do Paraguai, enquanto que a cocaína vem da Bolívia. As drogas sintéticas, como o ecstasy, vem de grandes centros para serem distribuídas em festas raves. O tráfico de anabolizantes, segundo Teixeira, tem aumentado e chamado a atenção.