As três pessoas detidas ontem, suspeitas de participação no roubo do Banco do Brasil de Canarana (823 km de Cuiabá), são traficantes de drogas. Escondido em um compartimento da caçamba, do Fiat Strada, usados pelos suspeitos a polícia encontrou 23,5 quilos de crack, a maior a apreensão desse tipo de substância já feita no Estado de Mato Grosso, pelas polícias estaduais.
Os acusados Márcio Bulhosa de Moraes e Gilberto Gonçalves dos Reis foram presos por policiais civis e militares de Água Boa, nas investigações do roubo da agência bancária de Canarana, ocorrido na última terça-feira (05). Os dois foram presos na rodovia que liga as duas cidades da região Araguaia. Também foi detido, Elvis Ferreira de Souza, que conduzia uma camionete S-10, branca, mas ele foi liberado, pois não havia indícios de envolvimento no tráfico e nem no roubo.
De acordo com o delegado Geraldo Gezoni, que responde pela Municipal de Água Boa, os suspeitos apresentaram versões contraditórias de onde vinham, para onde iam e como se conheciam. "Considerando o assalto ao banco e que estavam em zona onde provavelmente estariam os assaltantes, foram encaminhados a Delegacia Municipal de Canarana para esclarecimentos", disse.
Na delegacia, todos foram checados e os veículos minuciosamente vistoriados. O delegado Marcelo Fernandes Jardim, que comanda as investigações do roubo ao banco, informou que suspeitou de algo errado, então ao revistarem o Fiat Strada, descobriram que "a caçamba estava recheada de droga", relatou.
Conforme o delegado, policiais civis de Canarana e Água Boa, com a auxilio de investigadores do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Gerência de Repressão a Sequestro e Investigações Especiais (GRSIE), de Cuiabá, verificaram marcas nos "parafusos do protetor de caçamba" do veículo, ao fazerem à retirada do assessório encontraram as pedras de crack.
De acordo com o preso Gilberto Gonçalves dos Reis, a droga foi comprada pelo valor aproximado de R$ 250 mil.
Os presos vão responder por crime de tráfico de drogas