Três foragidos da operação “Pinóquio” foram presos hoje, em Jaciara, pela Polícia Civil. A mulher apontada como chefe da quadrilha que fraudava créditos de árvores para serem extraídas e vendidas, Nilda da Silva Alves, seu filho Ulisses Antonio de Carvalho Neto e o marido Vilson Pereira da Silva foram encontrados em um prédio residencial, no centro da cidade. A operação "Pinóquio" foi deflagrada na segunda-feira pela Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), na capital e em sete municípios, dentre eles Sinop, onde houve 3 prisões de acusados de venderem créditos fruaudulentos, e Alta Floresta. Com a prisão do trio, sobe para 16 o número de presos na operação. Eles também serão encaminhados para Cuiabá. A polícia aponta que as fraudes proporcionaram a extração de 80 mil metros cúbicos de madeira que renderam R$ 80 milhões.
O esquema consistia em “esquentar” documentos para montagem de processo de exploração de produtos florestais. Os acusados vão responder por formação de quadrilha, falsidade ideológica, crimes contra a administração ambiental, previsto no Artigo 69 A, da Lei 9.605/98.
Conforme o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, de Jaciara, os suspeitos estavam escondidos no apartamento de uma prima, que é empresária. A dona do imóvel não foi encontrada, mas irá responder por crime de favorecimento pessoal. Os acusados tiveram prisão temporária decretada dentro das investigações da Dema.
Empresários do ramo de madeireiras, engenheiros florestais, arrendatários, grileiros e compradores de créditos virtuais, participavam da fraude de guias florestais expedidas de forma legal, mas usadas para esquentar madeiras supostamente retiradas de áreas ilegais. Eles montavam toda uma documentação falsa e davam entrada em processo para exploração de madeira na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Os processos são dos anos de 2006 e 2007. As investigações iniciaram há mais de 6 meses.
Leia ainda
Treze presos por fraudes em MT que renderam R$ 80 milhões