Presos da Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa (Mata Grande), em Rondonópolis, estão em protesto, realizando greve de fome, desde domingo. Eles solicitam a revisão de pena. Ao todo, o anexo novo da unidade, onde acontece a rebelião, abriga 857 reeducandos, sendo 282 mulheres e 575 homens. O motim atingiu também a cadeia pública da cidade, que abriga 96 homens e 87 mulheres, mas o problema foi contornado ontem à tarde.
O major Ailton Siqueira foi até o município para averiguar a situação, de acordo com informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sejusp). Até o fechamento da edição ele ainda não havia chegado ao local.
O juiz responsável pelos processos criminais na comarca, Vladimir Perry, também estava no local tentando negociar o fim do protesto. Informações de funcionários da cadeia pública, que acompanharam o início do tumulto, afirmaram que Perry se comprometeu em negociar somente se a greve de fome chegar ao fim.
De acordo com a diretora da cadeia pública, Bernadete Gonçalves Leão Saggin, as presas iniciaram um tumulto por volta das 16h30 de domingo, logo após o encerramento do período de visitas. "Na segunda-feira ocorreu o procedimento normal, inclusive o almoço. Ontem elas encerram o protesto depois da presença do juiz".
Segundo a diretora, a principal reivindicação na cadeia pública é a não transferência das presas por ocasião da reforma do prédio. "Somente a ala masculina será transferida".
