quinta-feira, 16/maio/2024
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Presos em operação ambiental no Nortão são transferidos para presídio em Sinop

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As sete pessoas presas durante a operação “Fluxo Verde” nos municípios de Cláudia e União do Sul (80 e 130 quilômetros de Sinop respectivamente) foram encaminhadas, ontem mesmo, ao presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, em Sinop. De acordo com informações da assessoria da Polícia Civil, eles ficarão no local por cinco dias devido a prisão temporária expedida por acusação de extração ilegal de madeira.

Os presos já foram interrogados pela delegada Maria Alice Amorim, titular da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e que preside a investigação. A assessoria se limitou a revelar que os resultados da operação foram satisfatórios e o teor das conversas com os empresários detidos não foram revelados.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fará a medição da madeira apreendida, esta manhã. Durante a ação, também foram apreendidas cinco pás-carregadeiras, dois caminhões, um veículo de passeio, uma espingarda de pressão, entre outros objetos. Várias madeireiras foram alvos da ação.

Em uma empresa foram encontrados mais de três mil metros cúbicos de toras extraídas ilegalmente. A operação é resultado de investigação da Dema iniciada há quatro anos para apurar crimes ambientais cometidos em uma propriedade, de 27 mil hectares em União do Sul. "Estas terras estão sendo dilapidadas, o bioma da região está acabando, tamanha a depredação do meio ambiente", disse a delegada da Dema, Maria Alice Amorim, que preside a investigação.

De acordo com ela, na fazenda alvo do desmatamento clandestino já foram realizadas várias fiscalizações em campo, com incursões na mata, que resultaram em prisões em flagrantes de pessoas contratadas para o corte de árvores e também na apreensão de maquinários, ferramentas de corte, e caminhões carregados com toras  derrubadas. "Essas toras são cortadas, recepcionadas e encomendadas por madeireiros, que colocam pessoas lá dentro".

As investigações da Polícia Civil identificaram que a propriedade está sendo loteada pelas quadrilhas que ali atuam. "Tem frentes de trabalho, com destino certo da madeira. O que precisa ser identificado é a madeireira, que alimenta o fluxo, e existem propriedades que também praticam a retirada da madeira". Conforme apurou a Polícia Civil, a madeira clandestina já sai documentada da região, devido agilidade da quadrilha, que com uso de notas fiscais frias conseguem "driblar" a fiscalização durante o transporte nas rodovias. "A ideia da  busca cautelar é identificar de onde vem esses documentos. Todo o esquema delituoso vai se esclarecido agora com o cumprimento dessas prisões temporárias e das buscas e apreensão”.

Os envolvidos no esquema de extração ilegal de madeira e legalização do produto podem responder por furto qualificado, receptação, formação de quadrilha, falsificação de documento, e vários outros crimes ambientais.

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