A direção do Centro de Detenção Provisória de Tangará da Serra suspendeu as visitas deste domingo após um motim ocorrido, ontem, na unidade. Cerca de 40 reeducandos queimaram colchões e destruíram celas. O motivo estaria relacionado a presença de F.B.P, acusado de agredir e estuprar o próprio filho, de pouco mais de dois anos. Os reeducandos estavam revoltados com a crueldade do crime. Dentro do sistema prisional, crimes sexuais e cometidos contra crianças geralmente não são tolerados.
De acordo com a Rádio Pioneira, Polícia Militar, Força Tática, Samu, Corpo de Bombeiros e agentes prisionais que estavam de folga foram acionados para auxiliarem nos trabalhos. A situação na unidade começou acalmar quando foi comunicada a transferência de F.B.P., para outra unidade.
A criança permanece internada no Pronto-Socorro de Cuiabá, em coma e respirando com ajuda de aparelhos. Ela foi resgatada no dia 30 de dezembro pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e transferida para o Pronto-Socorro no dia 1º.
Além do pai, a mãe também foi presa, ambos acusados por tortura qualificada, considerado hediondo pelo Código Penal.