Foram várias facadas. A faca quebrou e os assassinos pegaram um machado. Foram várias machadadas, até esquartejar o corpo. Em pedaços, o cadáver foi colocado em um tambor de lixo, ateado fogo e jogado dentro de um matagal, nos fundos do bairro Pedra 90. Dois dos três acusados do assassinato já estão presos. Wellington Nunes da Silva, o "Eltinho", de 19 anos, e Wellington Gonçalves, o "Sapão", de 25, foram presos hoje, nas ruas 59 e 62 respectivamente, no bairro Pedra 90, região do Coxipó. "Nós já vínhamos investigando o caso desde que o jovem Robert Santana Pereira, de 19 anos – a vítima encontrada morta ontem de manhã na região do Pedra 90 -, desapareceu, no início da semana passada. Um dos assassino inclusive já havia contado para a irmã o que aconteceu, chegando a mandar que ela guardasse o machado usado no esquartejamento do corpo", contou o investigador Lima Barros.
Segundo ainda o chefe de operações do Cisc Coxipó, os dois assassinos contaram com detalhes tudo o que aconteceu dentro de uma casa no bairro Pedra 90, dia em que Robert foi morto. "Eles confessaram e deram detalhes do crime. Agora nós estamos atrás do terceiro acusado", afirmou Lima Barros.
Robert, "Eltinho", "Sapão" e uma quarta pessoa já identificada, mas cujo nome a polícia mentem em sigilo, estavam reunidos dentro de uma casa para usar droga. O entorpecente acabou, e Robert foi encarregado de comprar mais R$ 50 de pasta base de cocaína para consumo.
Só que, ao voltar com a droga, os outras três desconfiaram que Robert não havia comprado todos os R$ 50 ficando com parte do dinheiro. Drogados e revoltados, "Eltinho", "Sapão" e um terceiro jovem pegaram uma faca e começaram a esfaquear Robert.
Depois de morto, segundo contam com naturalidade os assassinos, os três ainda pegaram um machado e começaram esquartejar a vítima. Esquartejado, o corpo foi colocado dentro de um tambor de lixo, e logo em seguida eles atearam fogo para não deixar pistas.
"Eu sou policial há muitos. Já havia visto muita barbaridade, mas essa da morte do Robert foi uma das mais violentas que eu já vi e já trabalhei no caso", comentou o investigar Wlademire Lima Barros.