A Polícia Judiciária Civil prendeu, ontem, o investigador Wagner Rodrigo de Amorim, acusado de integrar uma quadrilha de tráfico de drogas investigada pela polícia desde o ano passado. O policial, preso por mandado de prisão temporária (30 dias), é um dos principais alvos do inquérito aberto pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que resultou, no sábado (20) passado, na apreensão 382,7 quilos de cocaína, na fazenda “Sete Irmãos”, na localidade de “Mucambo”, em Barão de Melgaço (113 km ao Sul da Capital).
Na tarde de ontem, o investigador foi interrogado na DRE e encaminhado ao presídio de Santo Antonio de Leverger. Ele vai responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico e ainda processo administrativo pela Corregedoria da Polícia Civil. O depoimento do policial foi acompanhado por um corregedor de polícia.
O diretor geral da Polícia Civil, José Lindomar Costa, afirmou que as investigações estão alicerçadas na autoria e na materialidade dos crimes cometidos pela organização criminosa. “Todos aqueles que forem identificados, sendo policial ou não, serão responsabilizados e levados à justiça”, disse.
O investigador é apontado como um dos administradores da fazenda arrendada pela agropecuária São Jorge, com sede em Cuiabá, usada como base de apoio na distribuição de drogas para outros estados do Brasil. As investigações concluíram que a droga saiu da Bolívia e a quadrilha mantém vínculos com o país vizinho.
A Polícia Civil, após localizar a droga escondida há mais de um mês na fazenda, apreendeu esta semana 188 cabeças de gado Nelore, duas caminhonetes – uma Hilux e uma D-20 – e uma motocicleta, além de dois tratores, um do tipo roçadeira, duas carabinas de fabricação russa e 400 litros de combustível de avião, apreendidos durante as investigações. Policiais continuam na região para localizar outros animais espalhados pela propriedade.
A polícia vai também vai solicitar à justiça o sequestro dos bens da quadrilha.