A morte do detento Nilton dos Santos Bailão, 36, ocorrida esta manhã, na cadeia de Primavera do Leste (231 Km ao sul de Cuiabá), que a princípio é apontada como natural pelo Instituto Médico Legal (IML), foi o estopim para os presidiários iniciarem uma rebelião que durou cerca de 3h. Um agente prisional foi feito refém durante todo o tempo, porém, liberado sem ferimentos após as reivindicações serem atendidas. Eles exigiam a presença de um promotor de Justiça e um representante dos Direitos Humanos, o que foi atendido pela Força Tática da Polícia Militar do 14ºBPM.
Tenente-coronel Marcos Roberto Gonçalves, que comandou as negociações, explica que ninguém se feriu e não foram localizadas armas dentro da cadeia. O motivo da rebelião foi porque os colegas de cela reclamavam que houve demora no atendimento ao detento Nilton dos Santos que passou mal durante a manhã e quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou ao local ele já estava morto. Laudo preliminar do IML aponta como causa, problemas no coração que resultou num infarto.
No botetim de ocorrência registrado na Polícia Civil, foi informado que o preso Nilton dos Santos começou passar mal com sintomas de diarréia e vômito, mas que o socorro foi acionado. Chefe da Delegacia Municipal, o delegado Jessé Munhoz que já recebeu o laudo inicial do IML aguarda agora, o resultado da necropsia realizada no corpo de Nilton. Ele explica a rebelião começou por volta das 12h e foi encerrada às 15h. A Cadeia Pública de Primavera do Leste abriga atualmente mais de 100 presos tem como diretor, Edilson Sodré, que segundo agentes prisionais, estaria em reunião no Fórum da cidade durante esta tarde.