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Preso marido acusado de envolvimento no assassinato de enfermeira em Sinop

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Só Notícias/David Murba/Cleber Romero (fotos: Só Notícias/Guilherme Araújo e reprodução Tv Cidade - atualizada 11:22h)

O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, Carlos Eduardo Muniz, confirmou, há pouco, a prisão de Ronaldo Rosa, 32 anos, marido da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, 43 anos. Ele estava na casa de um ‘conhecido’, no Camping Club (cerca de 20 km do centro). Os investigadores monitoraram ele por cerca de 10 horas e estavam com mandado judicial para prendê-lo. Ronaldo (foto, de boné) foi conduzido à delegacia e, esta tarde, deve ser encaminhado à audiência de custódia e a tendência é de ser encaminhado para o presídio Ferrugem. Ronaldo é acusado de matar Zuilda juntamente com o soldado Marcos Vinicius Pereira Ricardi, que está preso.

“Sou inocente”. Foi a única declaração que Ronaldo à imprensa deu ao ser conduzido à delegacia pelos investigadores que o prenderam.

O delegado Carlos Eduardo disse que, no interrogatório, ele optou em permanecer em silêncio “que é um direito constitucional” mas que não há “nenhuma dúvida” quanto a autoria do crime. “Os dois participaram, os dois estavam juntos”.

O delegado também afirmou que “o fato da pessoa silenciar acaba dando valor ao que o outro falou”. “Na minha concepção investigativa acredito que o silêncio denota contra você quando há muito elemento de prova contra sua pessoa”. “Faremos o possível para juntar todas as provas necessárias para a correta versão dos fatos”, afirmou. “Como ele ficou em silêncio caberá a nós verificar se essa versão (do soldado preso) já repassada à polícia ela será corroborada pelas provas materiais. Precisamos de elementos técnicos para comprovar tudo aquilo que teria acontecido dentro do veículo SW4 (onde a enfermeira foi espancada)”, expôs.

“Por enquanto a motivação é aquela que foi repassada anteriormente”, “uma série de discussões entre autores e vítimas e essas discussões teriam levado a esse fato brutal que é morte da Zuilda”, emendou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, Ronaldo estava com outro carro, que foi apreendido. “Ele trocou de veículo visando se furtar da ação policial. Ele cometeu diversas ações que nos mostraram que queria se furtar dessa ação. A partir do momento que nós chegamos a conclusão que ele estaria envolvido neste fato, ele fugiu do trabalho policial e dessa forma, inclusive, foi um movimento importante dele para que saísse a prisão preventiva”. “O fato de estar em um bairro onde não estava normalmente isso já demonstra para nós que ele fugiu de todo e qualquer trabalho policial e, quando a pessoa foge, é um dos pressupostos da prisão preventiva”.

A enfermeira foi assassinada, jogada na tubulação nas proximidades do Centro de Eventos Dante de Oliveira. Ronaldo é acusado de envolvimento direto no crime. Ontem, a juíza da primeira Vara Criminal de Sinop, Rosângela Zacarkim dos Santos, converteu durante audiência de custódia a prisão em flagrante do soldado da PM Marcos Vinicius Pereira Ricardi, para preventiva. Além disso, decretou mandado prisão preventiva de Ronaldo da Rosa pela “prática do crime de homicídio qualificado da esposa dele”, “visando garantir a conveniência da instrução criminal e garantia da ordem pública”.

O soldado confessou ter participado do espancamento que resultaram na morte de Zuleide. Ele acusa Ronaldo de também cometido as agressões.

O delegado disse ainda que Ronaldo e Marcos Vinicius Ricardi estão sendo indiciados por feminicídio “porque Zuilda foi morta por sua condição de mulher e ocultação de cadáver que é clara” e “inclusive foi de muita dificuldade a localização desse corpo”.

O delegado informou, na última 3ª feira, que o policial relatou em depoimento que a enfermeira foi dominada, em sua caminhonete, próximo de casa. “As agressões pesadas teriam partido de Ronaldo e a vítima teria apagado ali e, a princípio, estaria morta. A ideia do local (onde o corpo foi jogado), segundo ele, teria sido do Ronaldo e teria ido junto mas a ação em si teria sido do Ronaldo”, detalhou o delegado. “Eles (Zuilda e o marido) enfrentavam problemas de relacionamento”. “O policial teria sido convidado pelo marido e a ação não deu certo”.

Ronaldo, marido de Zuilda, tinha um ponto de venda de espetinhos, no centro da cidade, e o policial trabalhava fazendo entregas. Inicialmente, de acordo com o que o delegado apontou, a tentativa seria dar um susto na enfermeira simulando tentativa de assalto e a situação teria saído do controle.

Zuilda desapareceu em 27 de setembro, data que foi assassinada. O corpo foi encontrado na última 3ª feira após o soldado apontar onde foi jogado. Mas a água das chuvas levou o corpo até o córrego – cerca de 700 metros onde foi jogado. O sepultamento foi na quarta-feira.

Zuilda trabalhava como enfermeira e também no espetinho. Não foi confirmado há quando tempo convivia com Ronaldo.

Em instantes, mais detalhes

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