A Polícia Federal divulgou na tarde desta terça-feira que, além de Antônio Jussevan Alves dos Santos, o Alemão, suspeito de ser o mentor do furto de R$ 164 milhões do Banco Central de Fortaleza, em 2005, foram presas outras três pessoas. A mulher de Alemão, Rosangela Oliveira Pontes, foi presa em flagrante por falsidade ideológica, e dois supostos laranjas, Antônio Ferreira da Silva e Antônio Rivaldo de Oliveira Silva, foram presos preventivamente.
Antônio Ferreira foi preso em Mato Grosso e cuidava dos postos de gasolina comprados por Alemão, de acordo com a polícia. O outro foi preso em Cocalzinho (GO) onde o suspeito de ser o mentor do crime possuía um sítio. A PF suspeita que Antônio Ferreira é tio de Antônio Rivaldo.
Alemão foi preso na segunda-feira, por volta das 15h, e na sua casa foram encontrados R$ 80 mil escondidos num cofre sob o chão da cozinha. Segundo a PF, Alemão estava residindo no Distrito Federal há cerca de oito meses. A casa onde ele morava, na cidade satélite de Riacho Fundo 2, não ostentava riqueza e foi comprada por meio de laranjas.
O maior furto de banco da história do País teve a participação direta de 36 pessoas. Dessas, 26 já foram presas pela PF. Outras quatro morreram. Segundo o delegado responsável pela investigação, Alemão e os outros líderes do banco eram ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo a PF, Alemão levava uma vida sem ostentação. Ele foi preso depois de dois meses sendo acompanhado diariamente pelos policiais. A prisão ocorreu em frente a uma loja de pneus em Brasília. Alemão não resistiu à prisão e informou o esconderijo dos R$ 80 mil depois de ser pressionado.