O delegado municipal de Sinop, Richard Damasceno, disse, agora há pouco, que são “incabidas” as denúncias que receberia propina do jogo do bicho. Preso esta manhã, o delegado acaba de conceder entrevista coletiva, no Ministério Público, dizendo que um dos grupos ligados ao jogo do bicho aponta que a operação policial, realizada em Cláudia, em junho deste ano, foi para prejudicar outro grupo que também fazia apostas.
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“Fui acusado de estar trabalhando em conluio com o jogo do bicho. Houve gravações de duas pessoas que usaram meu nome e foi decretada minha prisão. Eles dizem que eu estaria trabalhando em operação determinada pelo próprio jogo do bicho, o que é mentira porque foi desencadeada a nível estadual. Recebi a determinação da doutora Fatima (delegada regional) para fazer esta operação em Cláudia”, defendeu-se. “Dei apoio em Cláudia para a doutora Helena, com nossos policiais. Só fizemos a parte operacional”, acrescentou.
“Após a operação, houve gravação telefônica de pessoas ligadas ao João Arcanjo dizendo que esta determinação veio deste outro grupo. Não tenho ligações com estas pessoas, não as conheço, estou tranqüilo e vou me defender”, acrescentou o delegado.
Durante a Operação Arrego, foram apreendidas duas armas ( revólver 38 e uma pistola) na casa de Richard Damasceno, que comanda a delegacia municipal de Sinop desde 2005. “São do meu pai e as duas têm registros. Não são de procedimento duvidoso. Um registro foi encontrado e, apesar de estar sendo autuado, vamos encontrar o outro”, concluiu.
A prisão de Richard, da delegada Helena Miranda e de outros 15 acusados são temporárias (5 dias). Eles devem ser recambiados para Cuiabá onde prestarão depoimentos.
A corregedoria da Polícia Civil deve se pronunciar, nas próximas horas, sobre a operação do Gaeco.
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