Investigadores da Gerência Estadual de Polinter cumpriram, por volta das 18 horas de hoje, o mandado de prisão preventiva contra o coronel da reserva da Polícia Militar, Frederico Lepesteur. O oficial recebeu voz de prisão dentro da Policlínica da Polícia Militar onde já estava hospitalizado desde a semana passada.
A prisão do coronel Lepesteur – defesa diz que é ilegal e vai falar com a reportagem ainda na noite de hoje -, foi decretada pelo juiz Lídio Modesto da Silva Filho desde a última sexta-feira (1).
O ex-homem forte da Polícia Militar é acusado de envolvimento nas mortes do radialista Rivelino Brunini e do empresário Fause Rachid Jaudy.
Rivelino e Jaudy – o dois estariam envolvidos com uma organização crimeminosa conhecida como a “Máfia dos Caças Níqueis” -, foram assassinados em 2002.
As duas execuções aconteceram por volta das 15 horas em plena a movimentada Avenida Rubens de Mendonça, na área central de Cuiabá.
O radialista e o empresário foram executados com mais de uma dezena de tiros de pistola calibre nove milímetros (9mm).
Como portador de um câncer nas costas, Lepesteur ficou preso por mais de um ano na Penitenciária de Pascoal Ramos.
Depois Lepesteur foi transferido para a Policlínica da Polícia Militat onde foi colocado em liberdade em junho de 2005 por força de um habeas corpus que o advogado dele, Pedro Verão conseguiu no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os crimes segundo as investigaçlões da Polícia Civil, teria sido “encomendado” pelo empresário João Arcanjo Ribeiro, o “Comendador”, acusado de chefiar o crime organizado no Estado.
Lepesteur teria sido um dos intermediário nas negociações para a contratação do pistoleiro Hércules Araújo Agostinho, autor dos disparos. Hércules foi preso. Fugiu da prisão e foi recapturado em 2004.