A Promotoria de Justiça de Campo Novo do Parecis, propôs ação civil pública, nessa terça-feira contra os investigadores da Polícia Civil, Célio Ferreira de Carvalho e Francisco de Assis Machado e Silva, por improbidade administrativa. Na ação, o MP requer a perda da função dos dois servidores públicos, além da suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa civil.
De acordo com o promotor de Justiça Luiz Augusto Ferres Schimith, os requeridos apropriaram-se indevidamente de dinheiro obtido no tráfico de drogas. "Os dois investigadores se apoderaram de R$ 2.400,00 de uma menor, filha de Jussara Aparecida de Souza Amorim, presa em flagrante pela Polícia Civil de Campo Novo do Parecis, no dia 12 de fevereiro deste ano, pela prática de tráfico de drogas", explicou o promotor de Justiça.
Na ação, consta que após a prisão em flagrante de Jussara Aparecida, sua filha foi encaminhada a um hotel da cidade para que fosse entregue a uma tia, no município de Tangará da Serra. Ocorre que, nesse período os investigadores da Polícia Civil foram até o hotel, abordaram a menor e apreenderam parte do dinheiro que estava em sua bolsa.
Segundo o Ministério Público, os investigadores de polícia deixaram de apresentar, de imediato, o valor apreendido ao delegado de Polícia, agindo por interesses patrimoniais escusos. "Com tal conduta criminosa, os requeridos estavam destruindo prova de interesse para o processo crime que ainda será movido contra Jussara Aparecida de Souza Amorim, esquecendo-se de seus deveres funcionais de zelar pela coisa pública", disse o representante do MP.
Além da perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa civil, o Ministério Público também requer que os investigadores sejam proibidos de contratar com o poder público ou de receber benefícios fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual sejam sócios majoritários.