As negociações entre os representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o governo federal seguem sem acordo. Após reunião com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, os sindicalistas não aceitaram a proposta oferecida e mantêm a greve. O presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Pedro Cavalcanti, disse que foi oferecida uma “proposta diferenciada” à categoria, mas não quis revelar detalhes. “Nos ofereceram uma proposta diferenciada do que tem sido oferecido às outras categorias. Mas, de maneira geral, é uma proposta que possivelmente vai ser recusada”, disse.
A greve continuará em diversos Estados, dentre eles Mato Grosso, onde são mais de 450 policiais. São 9 mil em todo o país e o sindicato estima que 70% aderiram.
A assessoria de imprensa do Planejamento negou a informação de “proposta diferenciada”. Segundo informou, a proposta foi reajuste de 15,8%, parcelados em três anos. O percentual é o mesmo proposto a outras categorias em greve. Uma nova reunião com a categoria foi agendada para a próxima segunda-feira (27).
Os policiais rodoviários federais reivindicam reajuste salarial, exigência de nível superior para exercer o cargo, adicional noturno e de insalubridade e reestruturação da carreira. Dentre as exigências, Cavalcanti adiantou que o governo se “manifestou contrário” ao pagamento de adicionais.
Questionado sobre a faixa colocada em um dos postos da PRF, com os dizeres :"Posto PRF fechado! Passagem livre para tráfico de drogas e armas: esta é a resposta do governo federal para a segurança pública!”, Cavalcanti disse ter sido uma manifestação correta.
“Não é uma apologia ao crime. A faixa é um alerta para a sociedade da situação crítica da segurança pública no país”, disse.