
As investigações começaram em 2019, após diversos registros de boletins de ocorrência e a Derf estima que o golpe tenha movimentado, aproximadamente, R$ 300 mil em dois anos. Os policiais identificaram, até agora, 17 vítimas na cidade de Rondonópolis e mais 10 em Paranatinga, Novo São Joaquim, Itiquira, Jaciara e Guiratinga.
Diante da gravidade dos fatos, número de vítimas e pelo indiciado já responder a outros inquéritos policiais pelo crime de estelionato e pelo risco de reiteração da atividade criminosa, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva e os mandados de busca e apreensão em endereços do suspeito, de 34 anos. Os pedidos foram deferidos pelo juízo da 3ª Vara Criminal de Rondonópolis.
Nos locais das buscas foram apreendidos diversos documentos, R$ 3 mil reais em dinheiro, computadores e outros materiais que reforçam a linha investigatória que já vinha sendo desenvolvida pela Derf.
Conforme apuração, entre os anos de 2018 e 2019, o investigado, de 34 anos, se passando por representante de uma empresa de assistência médica, negociou planos de assistência em saúde para diversas pessoas em cidades do Estado. A oportunidade em que recolhia assinaturas eletrônicas e cópias dos documentos pessoais das vítimas para a formalização dos contratos.
Em posse dos documentos e assinaturas eletrônicas digitalizadas, o indiciado contratava empréstimos bancários em seu nome e de pessoas jurídicas de sua propriedade utilizando os dados dos clientes com quem havia negociado planos de assistência médica, que ficavam como avalistas dos empréstimos, sem o conhecimento ou anuência das vítimas. Após a inadimplência dos pagamentos, a instituições bancárias começavam a cobrança e negativação das vítimas, oportunidade em que descobriram que foram vítimas do crime de estelionato. As investigações seguem em estágio avançado e devem ser concluídas nos próximos 10 dias.


