Os investigadores e escrivães da Polícia Civil de Mato Grosso decidiram, neste sábado, que 30% de cada delegacia municipal volta ao trabalho a partir de hoje. Os presidentes dos sindicatos aceitaram pedido do presidente do Tribunal de Justiça, Rubens Santos Filho, do procurador do Ministério Público, Marcelo Ferra, reuniram-se, nesta tarde, com dirigentes dos sindicatos e pediram que fosse reavaliada a decisão da greve ser de 100%. A categoria decidiu recuar. O governo do Estado deixou claro que, se a greve não encerrar, em 24 horas, haverá encerramento das negociações com, voltando a tratar de aumentos salariais somente em 2012, considerando que em maio foram concedidos 15% de aumento.
Na próxima segunda-feira (5), a categoria se reúne em assembleia, na sede do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais (Siagespoc), para definir outros encaminhamentos da greve.
Em greve há 65 dias, eles haviam suspendido por completo os trabalhos em assembleia, por reprovarem a proposta de aumento salarial escalonado. Silval havia determinado o corte total do ponto dos grevistas.
A Secretaria de Administração esclareceu que a mais recente proposta -não aceita- “eleva o salário inicial e final da categoria em 65% e 111% respectivamente até 2014. O aumento médio na tabela será de 84%. Com isso, o salário inicial que hoje é de R$ 2.365,55 chegará a 3.900,90 e o final de R$ 5.250,39 irá para R$ 11.079,83 em 2014, atendendo a principal reivindicação da categoria que é equiparar os vencimentos da Polícia Civil com as demais carreiras de nível superior. “Nós fizemos uma média dos valores que as carreiras de nível superior recebem atualmente e chegamos ao valor inicial de R$ 3.900,90 para 2014 levando-se em consideração a inflação e os reajustes que as outras categorias irão receber no período”, explicou o secretário de Estado de Administração, Cesar Zilio.
Escrivães e investigadores pedem que o governo garanta, além do aumento (que seria correspondente as perdas nos últimos anos), a aplicação do índice do INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor – que no útlimo ano foi de 6,1%.