Os investigadores e escrivães podem entrar com Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o governo do Estado por causa da aprovação e sanção da lei que criou o novo estatuto da Polícia Civil e ameaçam “greve de repúdio” de pelo menos 3 dias, paralisando todas as atividades nas delegacias municipais. Eles se reuniram nesta segunda-feira e decidiram repudiar a condução do processo de reforma e votação do novo estatuto.
A categoria não ficou satisfeita com a mudança aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador.
“Não tivemos nenhum ganho profissional, os benefícios se restringiram aos delegados de polícia”, protestou o diretor-financeiro do Sindicato dos Escrivães e Investigadores(Siagespoc),Aníbal Marcondes, em entrevista ao Diário de Cuiabá.
Os delegados, que estavam com salários vinculados ao do governador, por meio de uma lei ordinária, conquistaram essa garantia no estatuto. Mas escrivães e investigadores, que esperavam tratamento similar, não foram beneficiados. O teto salarial do delegado, pago àqueles enquadrados como classe E(Especial), pode ser o salário do governador, hoje fixado em pouco mais de R$ 14 mil. Já os demais policiais não poderão usar essa mesma base de cálculo para escalonar seus proventos.
Hoje, a diferença está apenas no salário. Enquanto o delegado ingressa com um salário inicial de R$ 10 mil, os demais policiais começam recebendo R$ 2,1 mil.