Os dois policiais civis suspeitos de vazarem a informação da prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) ao irmão dele, Antônio Barbosa, estão sob investigação na Corregedoria da Polícia Civil. Eles foram transferidos da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra Administração Pública (Defaz) logo após a deflagração da Operação Sodoma e atualmente atuam em trabalhos administrativos. Por conta do suposto vazamento, Silval não compareceu à Assembleia Legislativa no dia 15 de setembro de 2015, quando agentes estiveram no local para cumprir o mandado. O político se apresentou à Justiça apenas dois dias depois.
Conforme a Polícia Civil, logo após a operação, diante das suspeitas de que a operação tivesse vazado, os dois policiais foram colocados à disposição pela Defaz à diretoria da corporação. Com a homologação do acordo de colaboração Antônio confirmou que recebeu, horas antes da deflagração, uma mensagem via celular relatando o fato. Embora não tivesse revelado os nomes, Antônio se comprometeu a apontá-los por meio de reconhecimento fotográfico.
O irmão do ex-governador explicou que foi procurado pelos agentes em 2012. Eles pediram a Antônio acesso ao ex-governador, que naquela época ainda comandava o Estado. Antônio levou os dois policiais ao encontro de Silval e eles relataram ao peemedebista, segundo o irmão do ex-governador, a existência de uma investigação, no âmbito da Defaz, de precatórios. Em meados de 2013 ou 2014, ele não se recordou exatamente, um dos policiais voltou a procurar o irmão de Silval, pedindo ajuda financeira para tratamento médico. O ex-governador concordou em dar este auxílio e repassou R$ 60 mil. Já em 2015, um dos policiais alertou o irmão do político Polícia Civil do Estado afastou a dupla e determinou investigação sobre a operação.