Os investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil, que estão em greve desde o início do mês em busca de melhores salários, realizarão na próxima terça-feira (2), uma reunião com representantes da OAB, Câmara de Dirigentes Lojistas, políticos e empresários na tentativa de explicar os motivos da greve e buscar apoio das entidades no movimento. A reunião está marcada para 8h30, no plenário da OAB, em Cuiabá.
No mesmo dia, de acordo com o sindicato da categoria, será feita uma assembleia geral, na sede do Siagespoc para discutir sobre o movimento que, conforme Só Notícias informou, foi declarado ilegal pelo Tribunal de Justiça, que determinou a retomada dos trabalhos, além de multa diária de R$ 20 mil caso a decisão não fosse acatada.
A categoria decidiu por manter a greve. Em nota, o presidente da categoria, Cledison Gonçalves da Silva, afirmou que apenas os trabalhadores tem “poder legítimo para por fim” na mobilização. Ele pediu ainda que investigadores e escrivães fiquem fora das operações policiais durante este período, tanto no interior quanto na capital.
Ontem, houve mobilização em Cuiabá, com entrega de panfletos no centro. Em algumas delegacias do interior, como em Sinop, investigadores e escrivães permaneceram mobilizados em frente a delegacia. A greve começou em 1º de julho, quando a categoria pleiteava a equiparação dos salários com a dos peritos, que é de R$ 6 mil inicial. No dia 13 (quarta-feira), foi paralisada para negociações e, retomada no dia 19 (terça).
A categoria considerou “indecente” a proposta salarial apresentada pelo governo do Estado, que previa salário de R$ 2.460 a partir de dezembro deste ano, para iniciantes, chegando, em maio de 2014, a R$ 3.274.49. Atualmente, o salário aplicado é de R$ 2,3 mil para início de carreira.
Sem acordos, a decisão de paralisação foi unânime e apenas 30% do efetivo mantém os trabalhos, como previsto em lei. Neste período, investigações não estão sendo feitas e vários inquéritos aguardam conclusão.