A polícia está procurando de um enfermeiro que teria atuado por três dias no Hospital Municipal de Alto Araguaia como médico geral. O homem que não teve o nome confirmado, assinava os receituários e apresentou um registro da cidade de São Paulo. Após alguns atendimentos suspeitos, a direção do hospital e a empresa terceirizada que o contratou o questionou sobre seu número de registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e logo em seguida o homem não foi mais encontrado.
De acordo com o delegado que está a frente do caso, Carlos Roberto Moreira de Oliveira, o suspeito não é tido como fugitivo, porque ele sequer chegou a ser intimado. “O crime que ele praticou consta no artigo 282 do Código Penal e trata-se do exercício ilegal da Medicina. É tido com um crime de menor potencial ofensivo e por isso, ele provavelmente assinará um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e responderá pelo crime em liberdade.”
O superintendente da unidade hospitalar, Cilmar Perissinoto, informou que a suspeita de que o recém contratado por uma empresa terceirizada não fosse médico surgiu diante de algumas prescrições que ele fez e também por causa do número do CRM oriundo de São Paulo, que ele utilizava. “Na última semana eu e o diretor do hospital, Anderson Barbosa, ligamos no Conselho de Medicina daquela cidade e os dados não procediam. Entramos em contato com o suposto médico e ele justificou que a consulta não conferia, porque estaria em processo de transferência para Mato Grosso”.
Perissinoto acrescentou que logo depois não conseguiu mais contato com o suspeito. A Polícia Civil procura pelo suposto médico, que segundo investigações preliminares, atuava como enfermeiro em Rondonópolis.