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Polícia descobre que fogo em apartamento onde mulher morreu em MT foi intencional e prende latrocida

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Redação Só Notícias (foto: reprodução)

A Polícia Civil confirmou a prisão de um jovem, de 21 anos, suspeito de latrocínio que resultou na morte de Soniamar Martins Muniz, de 57 anos, ontem, em Jaciara (160 km ao Sul de Cuiabá). O crime incialmente tratado como incêndio acidental foi esclarecido após o trabalho de investigação identificar que o suspeito tentou simular uma situação de suicídio da vítima, sendo identificado e preso em flagrante, poucas horas após o crime.

As equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Polícia Militar foram acionadas para atender a ocorrência de incêndio em um prédio, localizado na área central. No local, após prestar socorro aos demais moradores do prédio, as equipes das forças de Segurança identificaram que o incêndio havia atingido o apartamento da vítima, mais precisamente o quarto em que ela dormia e foi encontrada sem vida.

Em análise do local de crime, as equipes da Polícia Civil e da Politec observaram vários indicativos de que o incêndio seria criminoso, uma vez que a residência não havia objetos inflamáveis e o quarto em que a vítima foi encontrada estava trancado, porém não havia chaves, nem por dentro, nem por fora, indicando que ela havia sido trancada por um terceiro. 

Em análise das câmeras de monitoramento do local e nas proximidades, foi possível perceber que o suspeito foi até a casa da vítima por volta das 22 horas de quinta-feira (1º) e saiu por volta de 1 hora, instantes antes do início do incêndio. Após identificação do suspeito, foram iniciadas as diligências para sua localização e esclarecimento dos fatos. 

Ao ser localizado, o suspeito estava em posse do celular, notebook e de outros pertences da vítima. Ele foi conduzido a Delegacia de Jaciara, onde foi interrogado pela delegada Anna Paula Marien e negou a autoria dos fatos. Porém durante os trabalhos, foi constatado que ele tentou simular uma situação de suicídio da vítima, usando o aparelho celular subtraído para mandar mensagem para a filha dela, se passando pela mãe, dando a entender que tentaria algo contra a própria vida. 

“Ficou claro que ele tentou burlar toda situação para parecer um suicídio e apesar de negar os fatos, durante interrogatório, ele tentou frisar o estado anímico da vítima, dizendo que ela estava muito triste, chorosa, dando indicativos de que ela estava propensa a prática do suicídio”, disse a delegada, através da assessoria.

Além dos bens encontrados em posse do suspeito, há indicativos de que no apartamento da vítima havia dinheiro que ela estava guardando para fazer uma cirurgia, o que não está confirmado, mas foi verificado que apartamento foi todo revirado e que pertences dela foram subtraídos, caracterizando a situação de roubo seguido de morte. 

“O caso não é tratado como feminicídio, uma vez que tudo indica que o intuito do suspeito era o patrimônio da vítima, não se tratando de uma situação de gênero, já que não havia uma situação íntima de afeto duradoura caracterizada entre as partes, nem indicativos de brigas, ciúmes ou motivação passional”, destacou Marien. 

A polícia informou que aguarda o laudo de necrópsia, que poderá esclarecer como ocorreram os fatos, mas os indicativos são que ele tenha agredido/matado a vítima antes de colocar fogo no apartamento. A perícia também apontará o material utilizado para causar o incêndio, que tomou proporções muito grandes em pouco tempo. 

O caso continua em investigação.

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