A equipe de investigação da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança, do Adolescente e do Idoso, confirmou a prisão, há pouco, de Paulo José da Silva, de 27 anos, suspeito de ter assassinado a ex-companheira, Antônia Ivila Araújo Nunes, de 20 anos, que faleceu no último domingo no hospital regional de Sinop. Ela foi encontrada caída com sinais de espancamento, no acostamento da BR-163, próximo de uma empresa no Jardim América.
Segundo a delegada Renata Evangelista, a polícia chegou ao suspeito após a identificação de mensagens enviadas a vítima no dia do crime. “A gente foi juntando elementos de informação que nos indicassem quem poderia ter feito esta maldade com ela, formando o quebra-cabeça, e ontem chegamos a conclusão de que seria o ex-marido dela, por meio de mensagens que ele trocou durante a madrugada inteira com a vítima. Ele esteve em uma confraternização com a vítima, saiu de lá e alegava aos familiares que não tinha saído com a vítima da localização, que ela teria pegado um carro de aplicativo”, explicou.
“Chegou até a cogitar e ele tentando desviar a nossa atenção, no sentido de que poderia ter sido alguém que poderia ter abusado sexualmente dela, ou algo nesse sentido. Mas as investigações foram fluindo, fizemos todo o trajeto dele saindo do local da confraternização e, por meio de mensagens no celular que a vítima trocava com uma pessoa que ela estava se relacionando, chegou-se a ele. A todo momento ele estava instigando a vítima para que ela contasse detalhes da suposta traição que ela teria tido com esse outro rapaz. Até quem estava conversando com ela achou estranho o modo como ela estava respondendo, entendeu que poderia não ser ela. Daí a gente foi fazendo o trajeto e por meio de imagens de câmera de segurança localizadas nas proximidades da casa dele, acompanhamos toda a movimentação dele durante a madrugada. Juntando tudo, a gente chegou a conclusão de que ele que espancou ela, em função desta suposta traição, e jogou ela as margens da BR-163”, acrescentou.
Renata também descartou ligação no crime envolvendo a um caso no ano passado, quando o casal aparece em um vídeo que viralizou com o filho. “Nessa situação ela também foi vítima, ninguém está dizendo que é certo colocar a fita na boca de criança nenhuma, mas ela colocou a fita devido a estar em depressão e para chamar atenção da violência que ela vinha sofrendo desse sujeito. Ela sofria (violência) solicitou medida protetiva na época e elas tinham sido extintas, porque é até bom chegar nesse ponto, no sentido que as medidas protetivas são concedidas e caso não tenha qualquer notícia do descumprimento dessa medida ela é extinta”, ressaltou.
Conforme Só Notícias já informou, no dia dos fatos, o pai da vítima recebeu a ligação do telefone de sua filha, na madrugada, por volta das 02h22, relatando que ela foi encontrada com diversas lesões pelo corpo. O Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminhou a jovem a unidade de saúde, mas devido as diversas lesões, não resistiu.
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