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Polícia prende 14 acusados de lesar Estado em R$ 18 milhões

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Balanço parcial da Polícia Civil aponta que 14 pessoas foram presas até o momento na operação “Vespeiro”, deflagrada para desarticular um esquema criminoso que fraudava Conta Única do Estado pelo sistema “BB Pag”. Conforme Só Notícias já informou, a justiça estadual expediu 37 mandados de prisão para serem cumpridos em Cuiabá e um em Cáceres.

De acordo com delegado Rogério Atílio Modeli, os presos são servidores da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e “laranjas” do esquema. Eles são investigados em crimes de peculato e formação de quadrilha. Conforme o delegado, a servidora da Sefaz, Magda Mara Curvo Muniz, chefiava o esquema. Ela controlava a conta única e efetuava pagamentos para credores “laranjas”. Esta servidora ainda não foi presa. A polícia confirmou que a secretária adjunta do Tesouro do Estado, Avaneth Almeida das Neves, está entre as que tiveram ordem de prisão decretada. A Polícia Civil ainda não divulgou o nomes de todos os presos na operação.

Os pagamentos eram feitos por meio de transferência da conta única para contas bancárias dos “laranjas”. Cerca R$ 18 milhões foram desviados no período de 2010 a 2011.

De acordo com a assessoria de imprensa, as investigações da Polícia Civil iniciaram em fevereiro de 2011 com requisição do Ministério Público Estadual, que relatava que uma servidora da Sefaz tinha patrimônio incompatível com seus rendimentos e depois a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil encaminhou documento confidencial, com informações de uma pessoa identificada por Tania Regina Lopes (foragida), que recebia créditos em sua conta corrente sem vínculo algum com o Estado. “A partir daí a investigações tomaram rumo e a Auditoria Geral do Estado entrou para quantificar valores, fez levantamento de quantos credores existiam”, disse o delegado.

No levantamento da Auditoria Geral do Estado foram identificadas 32 pessoas que estavam recebendo recursos públicos sem nenhuma relação com o Estado, referente ao período de 2010 a 2011. No entanto, a Auditoria verificou que a fraude ocorria desde 2007. “Encontrou várias pendências de pagamentos não feitos à conciliação. Tudo que é pago tem que conciliar na contabilidade e isso ia gerando pendências”, explicou a delegada Cleibe Aparecida de Paula.

A requisição do MPE foi baseada no relatório da Auditoria Geral do Estado. Na operação foram mobilizados 146 policiais, entre delegados, investigadores e escrivães. Os mandados foram expedidos pelo juiz José de Arimateia, titular da Vara Especializada de Crime Organizado, Ordem Tributária e Econômica e Administração Pública da Comarca de Cuiabá.

(Atualizada às 14h18)

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