A quadrilha ligada ao crime organizado, que pode ter ramificações com bandidos de São Paulo (SP), é acusada de extorquir dinheiro de empresários, médicos, advogados, políticos e altas autoridades do Estado. O bando é bem maior do que a Polícia imaginava. Além do inspetor de menores Elifran da Silva e Silva, de 29 anos, já preso, e da identificação de outros dois ex-inspetores, pelo menos outros três bandidos podem estar envolvidos no crime. O número de vítimas também é muito grande e vai além das investigações do delegado Elias Daher e do investigador Edson Leite, chefe de operações da Delegacia Regional de Várzea Grande.
Depois da prisão de Elifran da Silva e Silva que trabalhava dentro do Fórum Criminal de Várzea Grande (Grande Cuiabá), investigadores chefiados por Elias Daher e Edson Leite ainda correm atrás do ex-inspetor de menores Ananias Santana da Silva e do ex-policial militar Edmilson Pereira da Silva. Os dois estão com prisão temporária decretada pela Justiça. Outros três integrantes da mesma quadrilha ainda não tiveram seus nomes revelados pela Polícia.
Entre as vítimas, além de empresários, políticos e altas autoridades, a Polícia também já identificou alguns donos de motéis e hotéis de Várzea Grande, e de alguns hotéis de luxo de Cuiabá. Todos estão sendo ameaçados de morte. Alguns contam os falsos policiais ameaçavam leválos para a delegacia para fazer um flagrante, e ainda de levar a imprensa junto para documentar o crime.
A quadrilha, segundo as investigações da Polícia, simulava flagrantes de crime corrupção de menores dentro de motéis e hotéis e as vítimas as vítimas eram obrigadas a pagar altas quantias em dinheiro, jóias e carros. Dias depois os donos desses estabelecimentos também recebiam a “visita” dos bandidos que se intitulavam investigadores da Polícia Civil, usando, inclusive armas, algemas e coletes falsos.