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Polícia investiga furtos e desvios de mais de R$ 20 milhões em cargas; mandados em Mutum, Lucas e mais 3

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

Policiais civis da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) deflagraram hoje a terceira fase da Operação Safra, para cumprir 19 mandados de busca e apreensão, 22 mandados de bloqueio e sequestro de contas bancárias, cinco mandados de indisponibilidade de bens imóveis e 17 bloqueios de veículos contra um grupo criminoso envolvido no furto e desvio de cargas de grãos em Mato Grosso. Os prejuízos causados às vítimas alcançam mais de R$ 20 milhões.

As ordens judiciais são cumpridas em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sapezal, Tangará da Serra e Cuiabá. Os mandados foram expedidos pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, titular da 5ª Vara Criminal da Comarca de Sinop, com base em investigações da GCCO.

Nesta terceira fase, o foco foi o responsável financeiro pelo desvio milionário em cargas de soja e milho. Os alvos são investigados pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A terceira fase da operação tem como objetivo o bloqueio de valores e a apreensão de bens adquiridos pelos integrantes da organização criminosa com a prática dos crimes.

As investigações que resultaram na Operação Safra 3 se concentraram em apurar furtos e desvios de grãos nas fazendas Guapirama, Sulina, Colorado, Kesoja e Fazenda Feliz, todas localizadas em regiões estratégicas de produção de soja e milho no Estado. Segundo a polícia, as apurações revelaram que o grupo criminoso atuava com o aliciamento de funcionários dessas fazendas, como balanceiros, gerentes e operadores de carga, que facilitavam a entrada de caminhões sem qualquer documentação fiscal ou registro oficial.

Com o acesso liberado clandestinamente, os veículos carregavam grãos diretamente dos silos ou pontos de estocagem, sem levantar suspeitas imediatas dos proprietários. O modus operandi da organização envolvia uma logística bem estruturada e operada com sofisticação. Os motoristas das cargas furtadas seguiam para uma empresa em Cuiabá, já investigada durante a operação Safra 2, onde os grãos eram “esquentados” por meio de notas fiscais falsas.

A atuação da organização criminosa envolvia ainda núcleos especializados em falsificação de documentos e movimentação financeira para lavagem de dinheiro. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Gustavo Belão, o prejuízo inicialmente estimado, nesta fase da operação, gira em torno de R$ 4,5 milhões, valor calculado com base em documentos e registros identificados pela Polícia Civil, nas investigações conduzidas pela GCCO. 

“No entanto, o dano real pode ser incalculável, considerando que grande parte das cargas subtraídas não foi registrada oficialmente, o que impossibilita a aferição exata da quantidade de grãos desviados ao longo do tempo”, disse o delegado. 

As investigações das duas fases anteriores da operação identificaram que o grupo criminoso estava envolvido no furto de, pelo menos, 152  cargas, totalizando mais de seis milhões de quilos de grãos subtraídos, com prejuízo superior a R$ 16,3 milhões para diversas empresas transportadoras e seguradoras ligadas ao setor do agronegócio mato-grossense. 

Com o avanço das investigações, foi possível identificar o operador financeiro da organização criminosa e também a atuação do grupo em outros  furtos de cargas, tendo como vítimas fazendas, com prejuízos superiores a R$ 4,5 milhões, contabilizando a somatória de mais de R$ 20 milhões em danos aos prejudicados. 

A primeira fase da operação foi deflagrada em julho de 2021, enquanto em setembro de 2022 houve a segunda fase.

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