Polícia Civil informou que instaurou uma investigação para apurar denúncias de que uma clínica de estética em Cuiabá fechou as portas na semana seguinte à Black Friday, logo após fazer promoções agressivas durante o período de descontos e fechar pacotes com dezenas de clientes. Até o momento, já foram registrados cinco boletins de ocorrência de clientes que se sentiram lesados pela empresa. Diante disso, a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) deu início às investigações sobre o caso.
Uma cliente ouvida pelo delegado Rogério Ferreira, titular da Decon, relatou que contratou um pacote de depilação a laser, em setembro, no valor de R$ 1,9 mil, com dezenas de sessões de depilação em várias partes do corpo, das quais ela havia realizado apenas cinco. Na Black Friday, a empresa divulgou uma promoção de 10 sessões de depilação a laser no corpo inteiro por R$ 499, pacote que, anteriormente, custava R$ 3,9 mil. A cliente, então, fechou o segundo pacote, com o desconto, no dia 27 de novembro.
Ela foi pessoalmente à empresa para contratar o novo pacote e foi informada pelos funcionários que a procura estava tão grande que os contratos não estavam sendo gerados e ocorreriam posteriormente. O pagamento também foi realizado para outro CNPJ, não para a sede da franquia. Porém, na semana seguinte à Black Friday, a primeira de dezembro, a clínica fechou as portas e a cliente soube somente devido a um grupo de WhatsApp com clientes do estabelecimento. Ela não recebeu os contratos que assinou com a promessa de que seriam enviados por e-mail, assim como os demais consumidores.
Segundo o delegado Rogério Ferreira, os funcionários também foram pegos de surpresa quanto ao fechamento da clínica, não receberam os salários, que já estavam atrasados, e não puderam, nem mesmo, pegar suas coisas que estavam na empresa.
As investigações estão em fase inicial e clientes e funcionários serão ouvidos. No entanto, as investigações indicam que, desde a segunda quinzena de novembro até a sexta-feira (28), a empresa divulgou anúncios promocionais que podem ter feito dezenas de vítimas.
O delegado Rogério Ferreira orienta que as vítimas registrem um boletim de ocorrência ou procurem diretamente a Delegacia do Consumidor, localizada em Cuiabá, para serem ouvidas.
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